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Aguiar da Beira apanhado na “toca do Lob(ã)o”

Equipa de Totá perdeu na Mêda e ficou definitivamente afastada do segundo lugar do Distrital da Guarda

O Aguiar da Beira não conseguiu evitar novo desaire na deslocação ao terreno do Sporting da Mêda, ficando definitivamente afastado do segundo lugar do Distrital da Guarda. Apesar de ter entrado a ganhar, a equipa de Totá permitiu aos locais a reviravolta no marcador graças a dois golos de Artur Lobão.

Ainda mal o jogo tinha começado e já os visitantes se colocavam em vantagem na primeira jogada de ataque, aproveitando da melhor forma um desentendimento entre o guarda-redes Germano e Pedro Ribeiro. Lançamento longo para as costas da defesa da Mêda e, na tentativa de aliviar a bola, o lateral direito chutou a bola contra o corpo de Nuno Gomes que marcou, quase sem querer, fazendo o esférico entrar muito lentamente na baliza. Contudo, os locais, mesmo sem poder contar com o contributo do influente Paulo João, reagiram bem e passaram a dominar claramente. Aos 5 e 10 , Nuno Carvalho, em boa posição, cabeceou com perigo mas não conseguiu atingir o alvo. A igualdade chegou aos 13 por Artur Lobão. Na sequência de um cruzamento da direita, após uma combinação entre Rogério e Pedro Ribeiro, a defesa do Aguiar da Beira não conseguiu aliviar o esférico, ressaltando a bola para o avançado medense que, de primeira, atirou forte para o fundo das redes.

A equipa visitante tentava sacudir a pressão e aos 21 , Centeio, com um remate de fora da área, obrigou Germano a defesa complicada. Esta aparente reacção foi “sol de pouca dura”, pois, aos 23 , Guerra teve nos pés o segundo não fosse a boa oposição de Carlitos. Quatro minutos depois, a equipa de João Borrego consumou a reviravolta no marcador. O defesa Tiago incorporou-se numa jogada ofensiva, provocando desequilíbrios na defensiva do Aguiar, e serviu Nuno Carvalho que rematou de pronto para defesa incompleta de Carlitos. Muito oportuno, e sem marcação, Artur Lobão só teve que encostar o pé. O Aguiar conseguiu então equilibrar um pouco as operações, mas foi a Mêda que voltou a estar perto de marcar, aos 45 , numa “bomba” de Saraiva que acertou em cheio no travessão da baliza de Carlitos.

No regresso das cabinas, os visitantes entraram mais dominadores, pois só o triunfo lhes interessava, mas o melhor que conseguiu foi um remate de fora da área, aos 55 , por intermédio de Agostinho. Paulo Jesus, que tinha acabado de substituir Germano, sacudiu para canto. De resto, a equipa de Totá tentou criar perigo, mas as suas jogadas de ataque aconteciam quase sempre de forma muito atabalhoada. Entretanto, os locais aproveitavam para contra-atacar e falhar diversas oportunidades para ampliar a vantagem, algumas de forma incrível. Aos 68 , Carlitos desentendeu-se com os seus companheiros e colocou a bola em Nuno Carvalho que, de baliza deserta, atirou ao lado. Nos últimos cinco minutos, com o Aguiar da Beira balanceado para o ataque, o Sporting da Mêda poderia ter feito o terceiro, mas Guerra, Ricardo Tavares e Saraiva, completamente isolados, não conseguiram desfeitear Carlitos. Já em tempo de compensação, foi Rogério quem desperdiçou nova oportunidade.

O árbitro Luís Brás sentiu algumas dificuldades para “segurar” o jogo, especialmente junto dos bancos de ambas as equipas onde se registaram algumas “escaramuças”, mas não teve interferência no resultado. No final, João Borrego realçou que o Sporting da Mêda «provou mais uma vez o seu valor perante uma equipa dificilíssima, mas que poderia ter saído daqui goleada e por muitos». Também Totá, técnico do Aguiar da Beira, reconheceu que o adversário jogou «bastante bem», pelo que a vitória da Mêda se ajusta «perfeitamente pelo que fez e pelo que nós não fizemos na primeira parte».

Ricardo Cordeiro

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