Aproximadamente «dentro de um mês», a Câmara da Covilhã deverá revelar uma nova localização para instalar o futuro aeroporto regional da cidade e que não passará pelo actual aeródromo, como estava previsto no projecto inicial.
O anúncio foi divulgado aos jornalistas pelo autarca covilhanense na semana passada durante o acto de formalização da escritura da cedência à Associação Empresarial da Região de Castelo Branco (Nercab) de três lotes de terreno no Parque Industrial do Tortosendo. A nova localização, que Carlos Pinto não quis revelar por enquanto, deverá permitir uma pista com 2,5 quilómetros de extensão em vez dos 1.200 metros inicialmente previstos no projecto de ampliação do aeródromo. «Com uma pista mais longa, vamos poder receber aviões de maior envergadura», justificou o edil, para quem o novo local não trará «problemas de expansão nos próximos 15 a 20 anos». Recorde-se que a ideia para a construção de um aeroporto na Covilhã surgiu aquando da revisão do Plano Director do Aeródromo em Novembro de 2001, tendo como objectivo contribuir para o aumento da competitividade e para o desenvolvimento integrado do concelho e da região. Isto porque não há no interior do país aeroportos que sirvam de alternativa aos que existem em Lisboa, Porto ou Faro.
Para além de uma nova pista, o projecto de ampliação do aeródromo consagrava ainda uma área reservada ao aeroclube local, zonas de lazer, um hotel com 30 camas, aerogare de voos circulares, serviços de abastecimento, edifício para o controlo da meteorologia, um Centro Operativo de Apoio ao Combate aos Incêndios, heliporto para transporte de sinistrados, torre de controlo e pavilhões para o desenvolvimento do departamento das Ciências Aeroespaciais da Universidade da Beira Interior, cujo lote de terreno para a construção de um hangar foi já cedido em Abril de 2003 pela Câmara da Covilhã à UBI. A pista actual do aeródromo ficaria reservada para actividades lúdicas, como aeromodelismo, planadores, ultraleves ou pára-quedismo. Este investimento deveria estar concluído num prazo de seis anos e rondaria cerca de 25 milhões de euros. Por enquanto, Carlos Pinto espera apenas ter «tudo definido até ao final do ano» em termos de localização e do grupo que vai financiar o projecto. O que seria, acrescenta, «uma grande conquista».