Ana Manso disse hoje, em conferência de imprensa, que a sua gestão «mexeu com muitos interesses instalados e lóbis».
Ana Manso diz que o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Guarda «merecia um louvor pelos resultados da sua boa gestão» em vez de ser exonerado, conforme a decisão de ontem do Conselho de Ministros.
Em conferência de imprensa, realizada esta manhã num hotel da cidade, a ex-presidente do CA, ladeada pelos diretores clínicos Fátima Cabral e José Barreiros, disse desconhecer «os fundamentos em concreto» do Ministério da Saúde que ditaram a sua saída, mas acrescentou que a sua gestão «mexeu com muitos interesses instalados e lóbis». Ana Manso falou mesmo em «médicos que deixaram de ganhar 30 mil euros por mês» e em empresas ligadas a dirigentes do PSD que trabalham nas obras do Hospital Sousa Martins, sem especificar.
«Este é um processo fictício, pois tivemos resultados de gestão excecionais e nunca ninguém nos disse que estávamos no mau caminho», declarou. A ex-deputada admitiu ainda ter sido «um choque» quando soube que ia ser exonerada, uma decisão que lhe foi comunicada pelo presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, José Tereso. Para Ana Manso, «se não fosse militante do PSD continuaria a ser presidente da ULS da Guarda», tendo sido lacónica relativamente ao partido e aos seus dirigentes: «Depois de morta toda a gente é boa», disse, considerando que a Guarda «vai perder com o novo Conselho de Administração». Saiba mais na próxima edição de O INTERIOR.