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Adjudicada requalificação do parque industrial da Guarda

Empreitada vai custar 509 mil euros e consiste na modernização das infraestruturas básicas, das ruas e na melhoria do espaço público

A requalificação do parque industrial da Guarda foi adjudicada à Bioesfera, empresa do grupo Baraças, por 509 mil euros. A decisão foi ratificada na última reunião de Câmara, tendo a empreitada um prazo de execução de 300 dias. Depois da polémica no ano passado, os trabalhos deverão arrancar nas próximas semanas.

Trata-se de modernizar as infraestruturas básicas e as ruas, além de melhorar o espaço público, sendo ainda introduzida nova sinalética naquela área industrial construída no início da década de 80 do século passado e onde trabalham várias centenas de pessoas. «São obras necessárias e da responsabilidade da Câmara. O NERGA terá agora que fazer a parte que lhe compete», declarou Joaquim Valente no final da sessão. O projeto inicial de requalificação do parque industrial resultava de uma parceria com a associação empresarial, ali sediada, e tinha como intervenção mais emblemática o “Greenparque”, que previa a existência de equipamentos comuns a todas as empresas ali instaladas. «Foi dito que não se fazia, a oposição fez galhardetes sobre o abandono do parque industrial, mas sempre respondemos que era preciso tomar opções e fazer uma boa gestão dos projetos. Por isso, tal como esta vai avançar, as restantes serão realizadas paulatinamente», acrescentou o edil.

Joaquim Valente revelou que a empreitada é comparticipada em 80 por cento por fundos comunitários, no âmbito da contratualização da Comurbeiras. Nesta sessão, o autarca confirmou a recusa do visto do Tribunal de Contas ao pedido de empréstimo de 1,7 milhões de euros – noticiado por O INTERIOR na última edição –, mas referiu que esse montante foi obtido mediante outro empréstimo de curto prazo «liquidado no ano passado». Assunto quente foi a contratação da Localvisão, há quinze dias. Isto porque o vereador Rui Quinaz não gostou de saber por O INTERIOR que era essa a empresa escolhida, por ajuste direto, para fornecer conteúdos audiovisuais ao município mediante o pagamento de 36 mil euros. «Trata-se de uma empresa privada que é subsidiada pela Câmara. Agora percebe-se como o PS ganha eleições», disse o social-democrata.

A resposta coube à vereadora Elsa Fernandes, que justificou a escolha por a Localvisão ser «a única prestadora de serviço a trabalhar nesta área na região», além de que foram contratados «serviços publicitários por 18 meses». A socialista acrescentou que a empresa «não é um órgão de comunicação social, não temos nenhum dado nesse sentido». Na segunda-feira, o executivo estreou a plataforma de reuniões, que funcionam a partir de agora em suporte informático. Os eleitos do PSD votaram contra o relatório de avaliação do estatuto de oposição sublinhando que «tem havido flagrantes e sistemáticas violações do direito à informação por parte da maioria», considerou Rui Quinaz. Unanimidade mereceu o relatório de avaliação das atividades realizadas no espaço educativo florestal da Quinta da Maúnça em 2011, por onde passaram nove mil pessoas, das quais 5.000 crianças das escolas do concelho.

Luis Martins «Obras são necessárias e deverão arrancar nas próximas semanas», admitiu Joaquim Valente

Comentários dos nossos leitores
antonio vasco saraiva da silva vascosil@live.com.pt
Comentário:
Em vez de estarmos a realizar obras de requalificaçao deviamos pensar mais alto e com uma visão de futuro, coisa que esta gente não tem e por isso a Guarda para no tempo. Uma vez feito um novo parque industrial, na minha opinião, não faz sentido gastar dinheiro nesta obra, devem deslocar as empresas aí existentes e passá-las para o novo parque industrial da Guarda. E nesse local deve nascer um novo bairro habitacional, um bairro moderno e com a possibilidade de aí ser colocada habitação social a preços que os pobres possam chegar. Aqui, a Câmara terá uma palavra a dizer , ao fazer nascer um novo bairro e deslocar as empresas para a PLIE.
 

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