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ADAG quer estado de calamidade pública

Seguros agrícolas apenas cobrem prejuízos do calor se for decretada calamidade pública nos concelhos afectados

A Associação Distrital dos Agricultores da Guarda (ADAG) quer ver decretada calamidade pública para os concelhos produtores de fruta, nomeadamente de maçã e uva, e já solicitou ao director regional da Direcção de Agricultura da Beira Interior que alerte o Ministério da Agricultura e o Governo para a situação «problemática» vivida pelos agricultores em consequência dos incêndios e das altas temperaturas registadas este Verão. Este pedido surge numa altura em que os produtores vêem as suas colheitas, que se previam melhores que nos anos transatos, reduzidas e algumas até estão «completamente perdidas», sendo para alguns agricultores o seu único meio de subsistência. Os produtores debatem-se agora com as cláusulas dos seguros, que apenas consagram indemnizações nos casos de geada e trovoada, sendo que os prejuízos causados por outras alterações climatéricas só estão cobertos se as zonas em causa vierem a ser consideradas áreas de Calamidade Pública. Nesse sentido, a ADAG solicita que tal medida seja decretada para os concelhos em causa e que os produtores sejam indemnizados através do respectivo fundo, pois «não resta outra possibilidade legal de ressarcir os agricultores».

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