”Uma família portuguesa”, uma produção do Teatro Aberto, abre no sábado à noite a sexta edição do Acto Seguinte – Festival de Teatro da Guarda, evento que marca o arranque da nova temporada do TMG. O festival, com sete espectáculos previstos, conta com duas estreias do Projec~.
Com texto de Filomena Oliveira e Miguel Real, “Uma família portuguesa” foi galardoada em 2008 com o Grande Prémio do Teatro Português, promovido pela Sociedade Portuguesa de Autores e pelo Teatro Aberto. A peça conta a história de uma família composta por três gerações. A casa onde moram era propriedade do falecido patriarca da família de cuja presença não se conseguem libertar. O espectáculo, com encenação de Cristina Carvalhal, integra referências musicais, literárias e plásticas da segunda metade do século XX e evoca temas como a ditadura, a guerra colonial ou a devoção a Nossa Senhora de Fátima. A peça está em cena no grande auditório, a partir das 21h30. No dia 10 há teatro radiofónico, pelo Projéc~, para ouvir na Antena 2 e na Rádio Altitude. Com texto de Gonçalo M. Martins e direcção, edição e interpretação de José Neves, “Senhor Henri” constitui a primeira estreia deste festival.
No dia seguinte, à tarde (17h30), as atenções voltam-se para “Mono a Mono B”, pelo colectivo espanhol Capitán Maravilla Productions, no espaço exterior do TMG. Trata-se de um espectáculo que aparece também integrado na iniciativa “Famílias ao teatro” e que promete muito humor, com acrobacias e malabarismo. A 17 é a vez da companhia covilhanense Teatro das Beiras se apresentar no festival, com “Ay Carmela”. O espectáculo, que tem encenação de Gil Salgueiro Nave e texto de José Sanchis Sinisterra, relata a aventura de dois artistas de variedades que caem em território inimigo e são obrigados a actuar em troca da liberdade. Já a 24, actua a Associação Cultural O Prado, também no pequeno auditório, que apresenta “A vida privada de Acácio Nobre”, de Patrícia Portela.
Em Outubro está na Guarda o polaco Krosny, numa extensão do Festival Cómico da Maia. O espectáculo deste conceituado mimo cómico está agendado para dia 2, no grande auditório. O Acto Seguinte fecha com a segunda estreia da estrutura de produção de teatro do TMG, intitulada “The dumb waiter”, de Harold Pinter. A 11ª produção do Project~ está em cena entre os dias 6 e 9, no pequeno auditório. A peça, encenada por Fernando Carmino Marques, conta a história de dois assassinos que esperam pela confirmação da identidade da sua próxima vítima. Todos os espectáculos do festival estão agendados para as 21h30 (excepto o “Mono a Mono B”). Os bilhetes custam 5 euros.
