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«Acreditamos que poderemos fazer com que o clube saia do marasmo em que se encontrava»

Cara a Cara – Luís Canez

P – Porque decidiu candidatar-se à presidência do Clube de Campismo e Caravanismo da Covilhã?

R – A decisão da minha candidatura foi tomada coletivamente, uma vez que acreditamos que poderemos fazer com que o clube saia do marasmo em que se encontrava. Sabemos que não é uma tarefa fácil, mas tudo iremos fazer para que o clube cresça nos próximos tempos.

P – É uma responsabilidade acrescida substituir alguém que esteve no cargo 12 anos como foi o caso de Carlos Serra?

R – O sentido de responsabilidade nesta missão é o mesmo que se fosse para substituir alguém que estivesse estado apenas dois anos na presidência do clube.

P – Quais as principais medidas que vai tomar?

R – As grandes prioridades da minha equipa são a reorganização do clube e do parque. Outro dos grandes objetivos consiste na abertura do Parque de Campismo do Pião à cidade. No dia em que tomei posse disse que um dos meus objetivos era entregar o parque à cidade e à população. O Parque não é só dos sócios, nem só de quem lá tem roulotes. É de todos e uma das medidas que já tomei é que quem o quiser visitar tem uma hora para o fazer. Pode entrar, visitar, ir ao bar, na época alta ir ver a piscina e tem uma hora para decidir se quer continuar ou se quer sair. Passando lá o dia também há a possibilidade de utilizarem os assadores comunitários para que qualquer cidadão possa lá passar o dia e usufruir da piscina. Mas aí, como é lógico, terá de pagar. Também a limpeza do parque é uma das principais prioridades, uma vez que em certos locais nota-se que já não é mexido há mais de dois anos.

P – Tem novos projetos que pretenda implementar?

R – Um dos novos projetos que queremos implementar passa por colocar o parque a mexer com novas e várias iniciativas, nomeadamente desportivas, culturais e recreativas. Além disso, queremos também promover a organização de diversas atividades em diferentes espaços temporais e não só nas épocas normais.

P – Concluir o processo de legalização do Parque de Campismo do Pião continua a ser um dos principais objetivos?

R – Obviamente que essa continua a ser uma prioridade. Contudo, não nos podemos esquecer que para o conseguirmos teremos que garantir, em primeiro lugar, as tão desejadas obras para as quais já temos o projeto aprovado.

P – O que falta para que as obras possam arrancar?

R – O que falta é o essencial, o dinheiro. Existe um projeto já aprovado e que é subsidiado pela RUDE e que vamos ter que reestruturar e fazer umas pequenas alterações, até porque acho que é mais essencial fazer uma parte do projeto e não aquela que está aprovada. Então temos que fazer um novo projeto ou uma alteração de rubrica. Isto está em estudo, já está a andar na RUDE e temos de ter calma porque o país não tem dinheiro e a conjuntura é difícil nesta altura.

P – Tem alguma previsão de quando é que esse processo possa ficar concluído?

R – Penso que antes da Páscoa será possível começar com algumas obras no Parque. Já comecei com a limpeza e com alguma responsabilização dos funcionários em situação de limpeza e de manutenção das infraestruturas básicas. Quanto às obras de novas infraestruturas penso que até à Páscoa irão iniciar-se.

P – São necessárias muitas obras para que o Parque possa ser legalizado?

R – Para se ter ideia, herdei um projeto megalómano que envolve 1,2 milhões de euros, ou seja, é praticamente um parque quase novo. Na conjuntura atual isso é impensável, nem daqui a 10 anos, se isto continuar assim. Agora, é evidente que há coisas que são necessárias e que se podem fazer, nomeadamente os balneários que são muito essenciais, bem como o sistema de saneamento, de águas pluviais e de combate a incêndios. Isso é o mais urgente e o que nós, direção, decidimos foi começarmos com a construção de dois novos balneários. Depois, se houver possibilidade ainda neste mandato procederemos então à reestruturação e remodelação dos balneários existentes. Mais não posso prometer porque ninguém faz milagres.

P – Quais são as principais atividades que o Clube desenvolve regularmente?

R – Atualmente, para além do acampamento da neve e dos encontros de sócios em épocas festivas, não existe mais nenhuma atividade. Uma situação, reforço, que pretendo inverter com a organização de mais eventos.

P – Quantos sócios tem o clube atualmente? É um número que gostava de aumentar?

R – No presente momento, o clube tem cerca de 1.500 associados. Claro que qualquer presidente tem o desejo de aumentar o número de sócios e eu não fujo à regra, até porque pretendemos chegar aos dois mil a 2.500 sócios.

P – Considera que a atual conjuntura de crise leva a que haja mais pessoas a optar pelo campismo quando visitam a região?

R – Penso que sim e a existência dos “bungalows” e “mobile-homes” é uma mais-valia para cativar ainda mais passantes numa época em que muita gente passa dificuldades como a atual.

Luís Canez

«Acreditamos que poderemos fazer com que o
        clube saia do marasmo em que se encontrava»

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