A ACÔA diz-se «preocupada» com a extinção da Fundação Côa Parque, considerando que a gestão do Parque e do Museu do Côa «é fundamental para a região e não pode ficar à mercê de decisões tomadas a régua e esquadro, desinformadas, que não têm em conta o que é a realidade concreta do Vale do Côa», classificado como Património da Humanidade pela UNESCO.
A decisão de extinguir a Côa Parque resulta da avaliação promovida recentemente às fundações pelo Governo, apesar desta só ter sido criada em março de 2011, posteriormente ao período temporal (2008-2010) tido em conta para analisar a sua viabilidade financeira. A Associação de Amigos do Parque e Museu do Côa, cuja direção é presidida por Pedro Bacelar Vasconcelos, sustenta por isso que a fundação foi «indevidamente avaliada», pois «não se inscreve no horizonte temporal prescrito para as fundações a avaliar nesta data e neste processo». De resto, em comunicado, a instituição receia que o anunciado fim da Côa Parque «prolongue de forma inadmissível um longo período de incerteza e de constrangimentos financeiros suportados pelos seus técnicos e dirigentes que têm procurado compensar a inevitável turbulência de um processo de transição que agora ameaça eternizar-se».
Para a ACÔA, as decisões governamentais tomadas nos últimos anos sobre o modelo de gestão do Parque e Museu do Côa têm sido «marcadas por indecisões, por uma gravosa falta de clareza e transparência e pela inexistência de um rumo claro comprometido com a salvaguarda e valorização do património e com o desenvolvimento da região».