Dois militares do Destacamento de Trânsito da GNR da Guarda morreram anteontem à noite na A23, nas proximidades de Belmonte, devido a uma colisão que causou ferimentos graves noutro militar e num civil e motivou o corte da autoestrada nos dois sentidos.
O oficial de serviço ao Comando-Geral da GNR informou que acidente envolveu dois veículos ligeiros e ocorreu pelas 21h25 no sentido norte-sul, próximo do viaduto de Maçaínhas, concelho de Belmonte, entre os nós de Benespera e Belmonte/Norte da auto-estrada da Beira Interior. A mesma fonte adiantou que tudo aconteceu quando uma viatura da GNR, com três elementos, foi abalroada por outro carro depois de ter sido deslocada para o local para fazer um desvio de trânsito por causa de um incêndio que esteve ativo na zona durante cinco horas e que entretanto foi dado como dominado. Um dos militares estaria na viatura da GNR e os outros dois no exterior, no momento em que uma Mercedes Vito que se dirigia para sul abalroou o veículo e atropelou os dois guardas que se encontravam na via. Para além da morte dos dois militares, o terceiro agente que se encontrava no interior da viatura ficou gravemente ferido, o mesmo sucedendo com o condutor e único ocupante do veículo civil, um ligeiro de mercadorias.
O militar, o sargento Andrade, foi transportado para o Hospital da Covilhã e o civil para o Sousa Martins, na Guarda, tendo sido ambos posteriormente transportados para os Hospitais da Universidade de Coimbra. A viatura civil envolvida no acidente terá sido furtada em Vila Nova de Foz Côa e era conduzida por um indivíduo de cerca de 30 anos de idade com cadastro. A GNR terá mandado parar intercetar o condutor anteriormente, antes de o mesmo ter entrado na autoestrada em Celorico da Beira, mas sem sucesso. O trânsito foi reaberto no sentido sul-norte por volta da uma da manhã. Uma das vítimas mortais era o guarda José Barrancos, natural de Vilar Formoso, de 32 anos, solteiro, e a outra o cabo Cruz, originário do concelho de Castro Daire, casado com uma filha menor e a esposa grávida.
O CDOS de Castelo Branco mobilizou meios de cinco corporações de bombeiros e um helicóptero. Uma Viatura de Emergência Médica e Reanimação, do INEM, juntou-se no local aos bombeiros de Guarda, Gonçalo, Belmonte, Covilhã e Fundão, num total de 56 elementos, apoiados por 24 viaturas.