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ACBI queixa-se de escolas de música e da Câmara da Covilhã

Em causa a alegada falta de condições de segurança e acesso nas respectivas instalações

A Associação Cultural da Beira Interior (ACBI) vai apresentar queixas contra a Câmara da Covilhã e duas escolas de música da cidade, por falta de condições de segurança e acesso nas suas instalações, revelou em comunicado. Segundo o maestro Luís Cipriano, presidente da ACBI, «nem o Conservatório Regional de Música, nem a Escola Profissional de Artes Beira Interior (EPABI) possuem planos de emergência e segurança aprovados pelos bombeiros». Os procedimentos já seguiram, respectivamente, para a Inspecção- Geral de Administração do Território (IGAT), Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) e organismos comunitários.

A falta de saídas de emergência, de sistemas contra fogos e de rampas para acessos a pessoas com dificuldades motoras são problemas apontados às escolas. No Teatro-Cine da Covilhã, gerido pela Câmara, terão sido pedidas alterações numa vistoria há dois anos atrás, «mas até hoje nada foi feito», refere. Segundo o maestro, neste edifício «há uma loja de fotografias a funcionar numa saída emergência». A associação, que movimenta cerca de uma centena de pessoas, recordou que a Câmara a obrigou a cumprir todas as normas exigidas por lei, mas «não tem a mesma atitude para com outras entidades, nem sequer quando estão sob sua tutela». E queixa-se da demora superior a um ano e três meses para obter a licença de funcionamento para as novas instalações, na Rua da Indústria, com gastos de 25 mil euros para cumprir todas as normas a que a lei obriga.

«Só que a ACBI não aceita que os olhos e a perspicácia da Câmara tenham unicamente uma direcção», salienta o comunicado.

Carlos Pinto recusou-se a comentar o assunto, mas Margarida Robbins, da direcção da EPABI, referiu que a escola tem todo o licenciamento necessário para poder funcionar. «O maestro Luís Cipriano fará o que muito bem entender», acrescentou. No mesmo tom reagiu Barata Gomes, que lidera a comissão administrativa que gere actualmente o Conservatório da Covilhã. «Estamos conscientes de que o espaço não é o ideal, mas as pessoas estão em segurança», garante, recusando envolver-se em polémicas que «nem merecem ser valorizadas».

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