Os troços com pórticos na autoestrada da Beira Interior (A23) perderam quase metade do tráfego nos primeiros 11 dias de portagens, em comparação com o mesmo período de 2010.
Segundo dados divulgados anteontem pela Portvia, que gere a cobrança nesta antiga SCUT, entre 8 e 18 de dezembro, os lanços com pórtico entre Abrantes Oeste e o nó de Pinhel (concessão da Scutvias) perderam, em média, 46 por cento do tráfego em relação ao ano anterior, enquanto no resto dos troços a queda foi menos acentuada: 34 por cento. Ou seja, há uma fuga aos troços com pórticos: entre estes, as quedas mais acentuadas no mesmo período registam-se entre Alcaria e Covilhã Sul, com uma diminuição de tráfego de 57 por cento; entre Alcains e Lardosa, com uma queda de 51 por cento e entre Guarda e Benespera, com menos 50 por cento. Mesmo nos troços com pórtico onde as reduções de tráfego foram suaves, os cortes são sempre superiores a um terço do registado nos mesmos dias de 2010. Já nos troços gratuitos, a maior queda verificou-se entre Lardosa e Soalheira, com menos 44 por cento do tráfego.
Os mesmos dados da Portvia mostram que há menos veículos a circular na A23 independentemente das portagens, isto tendo em conta uma diminuição de 27 por cento de tráfego no Túnel da Gardunha – gratuito e praticamente incontornável, dado que a alternativa é uma longa estrada de montanha. De resto, este balanço revela ainda que cerca de 60 por cento dos veículos que circularam na autoestrada da Beira Interior nos primeiros 11 dias de cobrança já tinham identificador eletrónico para pagamento de portagem, «registando-se uma tendência para os carros sem dispositivo diminuírem».