Caro Dr. António Ferreira
(…) Só consigo encontrar alguma explicação para os seus comentários, em factos:
1. Nunca foi professor ou caso tenha sido foi MAU (É preciso “vestir-lhe a pele”, mais, “Quem está fora, racha lenha”)
2. A destruição da imagem do Professor é o seu objectivo. Como qualquer MAU aluno, gosta, deseja ou sonha com esta vingança;
3. INVEJA de uma classe profissional e das mais de 50 horas semanais que em média trabalham (pois é, já me esquecia que para um funcionário público normal não conta o trabalho “invisível”);
4. INVEJA do salário e da vida dos Professores (daqueles que agora se reformam porque dos outros que ficam, duvido que alguém possa invejar a sua sorte);
5. Complexo de inferioridade por achar que os professores podem ser “mais que os outros funcionários do estado”;
6. Desconhecimento (Sempre existiram mecanismos de avaliação dos docentes. Eram maus? Quem disse? Quem os avaliou? Estes são melhores? Quem disse? Quem os avaliou? Por agora são pior pela sua inexistência).
Independentemente de quem seja a vítima, o coitadinho, o certo ou o errado, mal ou bem informado em todo este novo processo de avaliação do pessoal docente, existe a responsabilidade moral acrescida por quem assina com regularidade uma crónica na imprensa (ainda que denominada “opinião”). Essa responsabilidade passa por contribuir para a educação de uma sociedade melhor e “dizer mal” dos professores não é seguramente uma boa prestação. Ironicamente ou não os cronistas também são avaliados pelos seus leitores tal como os professores sempre foram e serão avaliados pelos seus alunos.
Luís Veloso, funcionário público
* título da responsabilidade da redacção