Em Taveiro (Coimbra), assistiu-se a um jogo muito morno, quase a bater no frio, entre o União de Coimbra e o Aguiar da Beira. Os primeiros não têm uma grande equipa, mas entraram com vontade de ganhar, apesar do futebol desenvolvido não ter impressionado positivamente ninguém. O seu sistema defensivo revelou-se muito frágil e inseguro, tendo no ataque Dias e Chirola, duas peças que fazem a diferença.
A grande diferença entre as duas equipas foram, sem dúvida, os golos, todos eles marcados por Dias, porque, se a equipa de Aguiar da Beira tivesse jogado o futebol que, por exemplo, praticou na jornada anterior contra o S. João de Ver, teria feito outro resultado. Mas o Aguiar entrou muito mal no jogo, com jogadores apáticos, sem garra, muito lentinhos, com perdas de bola constantes e poucas recuperações. A formação de Totá foi uma equipa sem brilho, completamente ofuscada pelos maus resultados… Ou por outros motivos? Claro que nem todos os jogadores estiveram mal, já que a defesa evitou o pior, enquanto o jovem guarda-redes Bruno, que jogou pela primeira vez neste campeonato dada a lesão de Filipe, não teve qualquer culpa nos golos sofridos. Teve uma estreia muito positiva, mostrando segurança e até evitou que o adversário dilatasse a vantagem.
Os três golos foram marcados em situações quase idênticas. Aos 20’ surgiu a primeira ameaça, com um remate de Maná da meia-lua, que embateu na trave da baliza de Bruno, logo aproveitado por um companheiro, mas em fora-de-jogo. O primeiro golo surgiu no minuto seguinte. Dias, isolado, recebeu a bola e rematou a contar. O segundo, aos 40’, foi tirado quase a papel químico, com muitas facilidades do meio campo do Aguiar e a defesa a ver jogar o avançado, que rematou em força sem hipótese para Bruno. O terceiro, novamente por Dias, aconteceu na marcação de um canto e, mais uma vez, completamente solto no bico da grande área, rematou e fez um bonito golo, aos 62’. Em contrapartida, o Aguiar da Beira só criou uma oportunidade de golo, num remate de cabeça de Nuno Gomes aos 5’, mas a bola saiu ao lado do poste da baliza de Joca. A equipa de Totá jogou muito mal diante de uma formação que estava ao seu alcance e acabou por sofrer três golos, todos eles consentidos. Quanto à equipa de arbitragem, comandada por Nelson Mendonça, mostrou alguma dualidade de critérios.
Pedro Sousa