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«A PSP está constantemente de portas abertas»

Cara a Cara – Entrevista

P-Um dos grandes objectivos do seu antecessor era tornar a PSP da Covilhã mais dinâmica e visível. Esse será também o seu objectivo?

R-O comissário Amaral fez um trabalho exemplar na PSP da Covilhã e, evidentemente, que os objectivos serão os mesmos. Pretendemos continuar e aumentar as parcerias com os diversos organismos, sustentadas nas boas relações com todas as instituições.

P-E que outras prioridades tem?

R-Através da filosofia do comando da PSP de Castelo Branco, estão a ser criados uma série de projectos para policiamento bem diferenciados, e que já estão em desenvolvimento. É o caso da “Polícia do meu bairro” e do Gabinete de Apoio à Vítima, actualmente em funcionamento. O Gabinete de Apoio à Vítima tem como função tratar dos casos mais melindrosos, enquanto o projecto “Polícia do meu bairro” tem como principal função a troca de informações e de condutas entre a PSP e a população local para um maior relacionamento. Foi já destacado um elemento com o perfil adequado e com boas relações, para fazer o contacto e o levantamento das situações que mais preocupam a população que reside nos bairros mais antigos da cidade, como é o caso de Santa Maria.

P-Pretendem assim criar uma maior abertura à sociedade?

R-A essência da filosofia do comando, enquanto instituição, é a de que a PSP está constantemente de portas abertas e atendendo bem o cidadão.

P-Como está o processo de criação de uma Secção de Operações e Socorros?

R-Acabou por não ser criada. Os elementos que temos neste momento estão hipotecados em diversas missões. Para executar uma missão, convém fazê-la com motivação, vontade e prazer. Se aglomerarmos ainda mais missões nos agentes, vai-se diluindo outro tipo de responsabilidades. Vamos avançar passo a passo.

P-Mas há necessidade de mais efectivos?

R-Neste momento, o efectivo da PSP da Covilhã é o necessário.

P-Rejeita então as críticas do sindicato da polícia sobre a falta de formação dos agentes e a necessidade de mais efectivos?

R-Nós damos formação nos diversos sectores legislativos. Faço, inclusivamente, parte do grupo de instrução do comando e já dei formação aos nossos elementos. Em relação aos meios humanos, são os adequados neste momento para a área de actuação e em relação aos índices de criminalidade que temos. Felizmente, esses indicadores são muito baixos.

P-Desse ponto de vista, a Covilhã continua a ser uma cidade pacata?

R-Sim, e aconselho todos a viverem cá, porque é bastante tranquila.

P-Como está o processo de mudança para a nova esquadra da PSP, cuja obra já foi adjudicada?

R- Neste momento, e pelas informações que tenho, o processo está parado por causa de uma providência cautelar interposta por uma empresa de construção civil da cidade. A obra foi adjudicada à Constrope numa cerimónia no salão nobre da Câmara da Covilhã, mas houve uma outra empresa que recorreu dessa adjudicação. Esta é a informação que tenho, mas não sei dizer até que ponto é verdadeira.

P-E quanto ao alargamento da área de actuação da PSP, que também é de resto uma das aspirações desta força?

R-Neste momento está parado. Tem que haver um acordo entre as forças envolvidas e o Ministério da Administração Interna. Mas isso só acontecerá provavelmente assim que estiverem prontas as novas instalações.

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