No domingo eu apreendi como fazer um cianotipia, processo fotográfica de 1842. Sou fotógrafo especializado em analógica há muitos anos, mas nesse dia muito interessante apreendi coisas que não sabia.
Estive num workshop que fazia parte do Simpósio Internacional de Arte Contemporânea, organização pela Câmara, pelo Museu da Guarda e pela Universidade de Salamanca. Tenho que dizer que ficámos muito impressionados pela energia, competência, entusiasmo e variedade que têm marcado essa programação fantástica. Eu e a minha esposa (professora de Arte) temos assistido a muitos, muitos, dos eventos do SIAC, mais outros do TMG e outros do Conservatório de Música.
Pela primeira vez em muitos anos estamos cá na Guarda cedo, no Verão, e temos tempo suficiente para apreciar esta oferta da cidade. E que prazer. Ouvimos a Orfeão que celebrou a exposição das obras de Evelina Coelho, participei num workshop de jazz no TMG, ouvi meia dúzia de poemas do Mário Sá Carneiro no seio de um pequeno grupo no museu – muito comovente. Bebemos um Porto no “Capituum de Arte”, eu podia cumprimentar o escultor espanhol Elvira depois de ver as suas peças incríveis nos antigos Paços de Concelho.
Vimos serigrafia digital contemporânea de imensa força na galeria do museu e assistimos o feito dos entusiastas que montaram o imenso retrato de Miguel Unamuno na parede da Torre dos Ferreiros. Podia ainda mencionar a discussão sobre Camões, ou as jovens violinistas e pianistas que tocaram a solo no TMG, e claro passamos cada dia com os escultores a trabalhar na Praça Velha e os pintores na Avenida dos Bombeiros – que falaram com prazer da experiência de pintar no seu atelier de vidro.
Mas chega: PARABENS à Guarda … e OBRIGADO às dezenas e dezenas de pessoas envolvidas.
* Título da responsabilidade da redação
Della e Rory Birkby (Guarda), carta enviada por email