P – Como surgiu a empresa Cândido & Morgado, Lda.
R – Esta Empresa deu os seus primeiros passos com o meu pai, Luís do Nascimento, que trabalhou, desde 1950 e durante muitos anos em nome individual. A actividade desenvolvida era exclusivamente a serração de madeiras e foi assim até 1970, a partir desta década iniciou-se de forma paralela a comercialização dos materiais de construção civil.
Em 1987 constituímos a empresa Cândido & Morgado, Lda., dando seguimento às actividades já desenvolvidas, designadamente no que diz respeito aos materiais de construção civil e à compra e venda e abate de árvores, apesar de a actividade do meu pai se ter mantido até 2005.
Actualmente a empresa Cândido & Morgado, Lda., é detentora de todas as actividades exercidas por estas duas empresas.
P – Quantos funcionários tem a empresa?
R – A empresa encontra-se agora com seis colaboradores, tendo este número vindo a diminuir desde 2008 devido ao facto do sector da construção estar a abrandar.
P – Qual a actividade de Maior relevância para a empresa?
R – A empresa despende maior esforço e está mais focada na exploração e venda de madeiras, tais como: Pinho, Freixo, Carvalho, Eucalipto e Pseudotsuga, esta última, com boas características para a construção de vigas e caibros e excelentes para montagem de coberturas.
De todo o manuseamento e processo de transformação das madeiras com que trabalhamos resultam como é sabido as sobras que são comercializadas para a indústria dos aglomerados de madeira, como é o caso da Madibéria situada em Nelas. Não nos podemos esquecer que desde os primeiros passos da nossa serração, que comercializamos as lenhas. Desta forma, a empresa Cândido & Morgado, tem vindo a comercializar e a especializar-se em diversos tipos de lenhas como o Carvalho, Eucalipto, Freixo, e Pinho.
A venda deste produto pode ser efectuada em cavaca ou em rolo consoante as necessidades dos clientes.
Relativamente aos materiais de construção, esta é outra vertente que tem como objectivo a venda de materiais para a construção tais como as areias, o cimento, tijolo, bloco, ferro, telha. Mais recentemente iniciámos a comercialização do gesso e do pladur, disponibilizando estes produtos a todos os clientes que na maioria dos casos e habitualmente são os empreiteiros e outros empresários ligados à construção civil.
P – A legislação relativa à vossa actividade tem vindo a sofrer alterações. Qual a sua opinião?
R – No Mês de Agosto de 2011 mais precisamente no dia oito, saiu uma nova regulamentação que obriga a que os cortes dos pinhais sejam declarados aos serviços florestais, de forma a dar conhecimento da compra, a identificação da freguesia a que corresponde o terreno, identificação do proprietário, a data do início e fim do corte e qual a sua finalidade. Ora até aqui penso que todo este procedimento é sem duvida correcto, mas surgem alguns problemas no que diz respeito à limpeza das referidas matas que é de carácter obrigatório e que por vezes a distância que nos obrigam a percorrer, desde os locais onde as matas se situam até ás fábricas que exclusivamente recebem este tipo de produto (sobras), é demasiado longa, tornando por vezes economicamente inviável o corte de alguns pinhais, afetando esta obrigação, sem qualquer dúvida, de forma direta, a nossa rentabilidade e atividade.
P – Quais as expectativas para o futuro?
R – Existem algumas expectativas, mas face ao actual quadro económico que o nosso país atravessa, que como é sabido, não é o melhor, vou ter de aguardar para tomar algumas decisões que se prendem com investimentos que considero ser importantes para o desenvolvimento da nossa empresa.