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«A modernização e reabertura do troço será um elo de ligação entre a Guarda e

Cara a Cara – Júlio Seabra

P – Acredita que este último troço da Linha da Beira Baixa vai ser concluído?

R – Tenha a plena confiança que sim. Daí ter iniciado o debate público desta questão. Tenho verificado que é uma preocupação comum a muitas pessoas, que até veem a modernização e a reabertura do troço como um elo de ligação entre as cidades da Guarda e da Covilhã. O próprio Governo já declarou a importância desta ligação ferroviária.

P – Qual a sua importância no contexto regional?

R – Ter a Linha da Beira Baixa em exploração em toda a sua extensão permite maior e melhor mobilidade de passageiros não só a nível regional, mas também a nível nacional, dado o circuito que permitirá criar entre esta e as Linhas da Beira Baixa e do Norte, sem esquecer a ligação a Espanha e ao resto da Europa. Temos uma auto-estrada com portagens e um passe mensal, entre entre a Guarda e a Covilhã, Fundão ou até mesmo Castelo Branco, será uma solução mais barata para um cidadão se deslocar por motivos de trabalho. É igualmente importante o fator da construção do ramal ferroviário à Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial da Guarda.

P – Espera que a manifestação que está a promover para sábado venha dar mais visibilidade a este problema?

R – O objetivo da manifestação é que as populações de ambos os distritos abrangidos por este troço ferroviário se mobilizem em torno da concretização das obras que o permitam reabrir para os serviços de passageiros e de mercadorias. Com este tipo de intervenção, estou certo que o poder central olhará para a questão com outra visão e outra estratégia, como a região anseia, tal é carência no setor dos transportes.

P – Acha que os responsáveis políticos da região têm sabido defender esta obra?

R – É uma pergunta que deverá ser colocada aos mesmos. Contudo, quero acreditar que estão sensíveis à importância desta via como alavanca de desenvolvimento económico da região. A minha pretensão não é a de preencher uma lacuna de intervenção, mas sim a de somar ideias e argumentos à causa.

P – Qual é a sua expetativa em termos de adesão para a ação de sábado? Gostaria de lá ver responsáveis políticos?

R – Não consigo, nem posso quantificar o número de pessoas que estarão presentes na manifestação de sábado, às 15 horas, em frente à estação de caminhos-de-ferro da Guarda. Estou certo que os beirões têm a perfeita noção da importância da ligação da Linha da Beira Baixa à Linha da Beira Alta. Por conseguinte, espero que correspondam à dimensão plausível de que a obra trará à região e ao país.

P – Quantas pessoas já assinaram a petição que está a promover pela conclusão do troço Guarda-Covilhã?

R – O movimento criado no portal do Governo (www.portugal.gov.pt) conta com 100 apoiantes. Foram criados 1.008 movimentos no referido portal, situando-se este, atualmente, na posição 38. Por altura da criação deste movimento logo me dei conta de que outros tinham já um número considerável de apoiantes. O objetivo de ser recebido pelo primeiro-ministro era o objetivo inicial, mas está longe, assim, o objetivo prioritário passou a ser o de promover o debate público e político. Na manifestação de sábado terá início um abaixo-assinado para levar à Assembleia da República.

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        um elo de ligação entre a Guarda e

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