As estações e apeadeiros de caminhos-de-ferro da abandonada linha do Douro, dos dois lados da fronteira, são o tema de uma exposição de fotografia que pode ser vista no cais de Barca d’Alva, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, até ao final do mês.
Entre a localidade espanhola de La Fuente de San Esteban e a portuguesa Duas Igrejas (Miranda do Douro), passando por Barca d’Alva e o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa), Victorino García Calderón captou 85 imagens, agora apresentadas com textos de Ángel González Quesada y Enrique de Sena. O objectivo de “La Raya Rota” é reflectir sobre os «espaços físicos que simbolizam bem a incomunicação entre estes dois territórios transfronteiriços», refere a organização, para quem este troço, encerrado a 31 de Dezembro de 1984, é «a alegoria do despovoamento, a memória de outros tempos de exílio, emigração, contrabando, “restos de solene antiguidade que ficam na memória”, como disse um dia José Saramago».
