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«A Guarda Distrito Digital vai servir toda a gente»

Cara a Cara – Entrevista

P – Qual é o objectivo do projecto Guarda Distrito Digital?

R – Trata-se da adesão a uma iniciativa nacional, que é a “Cidades e Regiões Digitais”, e que já está em funcionamento nalgumas cidades do país. Fizemos parte de uma fase-piloto, e desta vez a ideia é criar um conjunto de infraestruturas tecnológicas que sirvam de suporte a todas as entidades, públicas ou privadas, da região. Estamos a falar de uma plataforma que permite, por exemplo, que as Câmaras e outras entidades de iniciativa privada possam fornecer um conjunto de serviços de Internet, como correio electrónico, serviços “on-line” para os cidadãos, entre outros. O projecto inclui também um grande portal regional com uma componente de informação turística. A ideia é promover e desenvolver as tecnologias da informação e comunicação no distrito da Guarda e é uma infraestrutura que vai servir toda a gente no distrito.

P – Mas, uma vez que todas as autarquias já têm sítios na Internet, este projecto não será uma duplicação dos meios existentes?

R – Não. A maior partes destes sites estão alojados em servidores, muitos deles fora do país, o que vamos criar é uma infraestrutura para que as empresas da região possam ter e administrar os seus recursos aqui. Pretendemos centralizar num único portal tudo o que tem a ver com turismo, negócios, ensino e emprego, as áreas fundamentais que vão fazer parte deste projecto. Não estamos a falar de duplicar, nem provocar concorrência às empresas locais da área, pelo contrário devem ser parceiras e até vão beneficiar com este projecto.

P – Quanto à criação de uma central de reservas para restaurantes e hotéis, como vai funcionar?

R – O projecto sofreu alguns cortes orçamentais, mas este foi um dos requisitos que nós mantivemos como intenção e como obrigatoriedade. É uma das coisas que pensamos ser fundamental para promover e divulgar as unidades hoteleiras da região e possibilitar as reservas “on-line” nos hotéis e restaurantes.

P – Esses cortes orçamentais criaram algum entrave ao projecto?

R – Estamos a falar num corte da ordem dos 35 por cento em relação ao projecto original. Neste momento temos uma janela temporal muito pequena que são 15 meses, pelo que se tornava impossível fazer “mundos e fundos” em tão pouco tempo. Não valia a pena ter muito dinheiro se não tivéssemos tempo para implementar as iniciativas.

P – Como vai funcionar a bolsa de transportes?

R – O “Tirbroker” é um projecto muito interessante. Trata-se de uma bolsa de transportes e o que vai ser oferecido é um espaço vazio num camião de transportes internacionais que circula na Europa. A ideia é vender esse espaço vazio no portal. É um projecto que não vai estar restrito à região, mas acessível a todo o território nacional.

P – Quando estará terminado o projecto e acessível à população?

R – Temos que ter tudo terminado até Julho de 2008.

P – Quais são os custos do projecto?

R – Este projecto tem um orçamento total de 2,9 milhões de euros, sendo que cerca de 70 por cento são comparticipados por fundos comunitários e o restante pelas entidades aderentes.

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