O semanário “A Guarda” faz sábado 100 anos. Para assinalar a efeméride, em colaboração com a autarquia guardense, encontra-se patente no Paço da Cultura até ao final do mês e desde a última quinta-feira, uma exposição retrospectiva denominada “100 anos de A Guarda”. A mostra destaca algumas edições históricas, cronistas e colaboradores, para além de também pretender ilustrar o processo como o semanário católico mais antigo do género no país era produzido. Estão presentes as máquinas de “imprimir”, em que a folha de papel era sobreposta às letras de ferro colocadas uma a uma, uma máquina de escrever, as bancadas e um livro com muitas fotografias. Por entre o cheiro a tinta, é ainda possível observar algumas primeiras páginas do jornal afixadas na parede. Paralelamente, a Câmara da Guarda editou um catálogo homónimo sobre o centenário do jornal, que inclui textos de Pinharanda Gomes, Mota da Romana e Lima Garcia. Aquele que é considerado o decano da imprensa regional católica em Portugal foi fundado por D. Manuel Vieira de Matos em 1904. Segundo os seus responsáveis, continua a ser uma referência ao nível dos jornais locais, cumprindo os princípios que levaram à sua fundação: dar especial relevo aos eventos da vida religiosa da diocese egitaniense e noticiar os principais acontecimentos do quotidiano social e cultural da região. Na inauguração desta exposição, Álvaro Guerreiro, presidente em exercício da Câmara da Guarda, revelou que o nome do jornal “A Guarda” vai ficar perpetuado na toponímia da cidade com a atribuição dessa designação a uma rua.