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A Europa

Saliências

Agora somos tantos. Será que estamos todos a aderir ao PPD? A Europa cresceu, melhor estendeu-se e ocupou um imenso território com a ilha Suíça no meio. Agora falamos todos a mesma língua que a bem dizer são várias. Agora estamos todos a pagar em euros. Podemos passear sem passaporte por umas 25 capitais e encontrar europeus em todo o lado. Somos 400 milhões. De onde és tu? Europa. Onde? Varsóvia Polónia Europa. Agora falaremos assim na América. Assim falavam os americanos quando se encontravam na Europa. I’m from Dallas Colorado US.

Agora somos muitos milhões e falamos imensas línguas e temos diferentes religiões e costumes. Tudo isto se dilui na cultura vencedora do milénio. Somos um império a construir-se aos beijos e abraços. A nova Europa não fez guerra e não foi conquistada, simplesmente se abraçou. E outros querem chegar ao convívio e outros desejam participar. O internacionalismo atingiu-nos com toda a força. Sobram os defensores de diferenças pífias, os amigos do caldo verde e da petinga que nunca gostaram da Europa. Sobram os arautos da desgraça que só encontram maus destinos e doenças onde há vigor e adolescência. A Europa é agora o Continente mais novo, o destino mais promissor. Os grandes desafios serão o exército comum, o banco europeu e a lei comum. Inevitável evoluir e sonhar com a federação dos estados e depois com a sua união. Claro que difícil será um português ganhar a presidência europeia, mas nada o impede e nada o torna impossível. Claro que os portugueses continuarão a falar português e as nossas galinhas serão sempre nossas e de sabor especial. E ninguém dirá mal do feijão verde e da alheira. Vivam as idiossincrasias, mas viva sobretudo a Europa.

Por: Diogo Cabrita

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