P- Quais as motivações que a levaram a escrever e coordenar “A Escola das Margaridas”?
R- Foram diversas as motivações que me levaram a pensar neste livro, passando pela dor profunda, pela alegria e inocência de se ser criança, à forma como a Escola é (e deve ser) entendida hodiernamente. Além do mais, sublinho que a receita das vendas desta obra reverte a favor das vítimas dos incêndios de Pedrogão Grande e do dia 15 e outubro de 2017.
P- De que trata a obra?
R- É uma obra holística, dirigida às famílias, apresentada em quatro partes: Histórias, Poesias, Trabalho Pedagógico e Documentários – que, escritas por 100 autores distintos, versam sobre a Saúde, a Educação, os Valores… É uma obra carregada de esperança, espelhada em particular no conto “Pedra também chora”, do autor convidado que assumiu maior destaque, o artista Luís Fernandes (Pombal), com quem troquei algumas ideias e que ajudou a dourar a obra, demonstrando que o melhor de nós deve ser partilhado com os outros.
P- Trata-se de um livro com ilustrações. Quem as fez?
R- A ilustração desta obra ficou a cargo de Manuel Portugal, diretor do Agrupamento de Escolas de Celorico da Beira, que prontamente colocou ao serviço de “A Escola das Margaridas” os talentos pessoais e as horas que seriam de merecido descanso, trazendo, em cada imagem, o despertar de sonhos, de lembranças e de desafios criativos e inovadores.
P- Como educadora de infância/ professora, qual a mensagem que pretende transmitir?
R- Defino este livro como um hino de amor, um livro sem fronteiras onde todos somos convidados a ser autores, não só no que se reporta à obra – já que inclui espaços específicos para isso – mas, principalmente, no quotidiano onde cada um é responsável por cada página que escreve. Como tal, a mensagem que lhe está subjacente só pode ser o Amor.
P- Este livro é apoiado pelo Agrupamento de Escolas de Celorico da Beira, como foi feito este trabalho de envolvimento com as escolas?
R – A direção do Agrupamento de Escolas de Celorico da Beira aceitou de imediato este projeto, com todo o entusiasmo e rigor profissional, não se poupando a esforços para que o livro cumprisse os seus princípios e os seus fins. Para além da excelente gestão e direção, é de salientar a proximidade que é estabelecida com os docentes, os funcionários e a comunidade educativa, promovendo a articulação quer na horizontal quer na vertical, com vista ao sucesso escolar.
P- Na contracapa do livro pode ler-se uma mensagem de Isabel Alçada, em representação da Presidência da República, como sentiu essa colaboração?
R- “A Escola das Margaridas” não passou despercebida aos órgãos governamentais, detentores da responsabilidade moral máxima, e é inegavelmente gratificante sentir o reforço positivo, a relevância e o incremento dado ao nosso trabalho. Se me é permitido, gostaria de agradecer publicamente a todos os que contribuíram para que este sonho se tornasse realidade, nomeadamente a Ana Xavier, Elisa Matos, João Paulo Pereira, Glória Caetano, aos 100 autores e a quem se dignou colaborar e apoiar financeiramente esta obra, já que os projetos não são mais do que ideias se não existir quem tenha a bondade de as apoiar e tornar reais.
P- Têm algum outro projeto editorial previsto para breve?
R – Em breve será editado o livro intitulado “Ser Mulher – II”, com 50 textos da minha autoria, num trabalho em parceria com a fotógrafa Patrícia Vilela. Trata-se de um trabalho que desde já muito me orgulha pelo cântico de exaltação à Mulher.
Perfil:
Autora do livro “A Escola das Margaridas”
Idade: 53 anos
Profissão: Docente do Pré-Escolar
Currículo: Mestre em Educação de Infância e 1º Ciclo do Ensino Básico
Naturalidade: Chãs de Tavares (Mangualde)
Livro preferido: Novo Testamento
Filme preferido: “Oficial e Cavalheiro”
Hobbies: Leitura, encontro com a natureza e viajar