A crise humanitária que afeta centenas de milhar de refugiados provenientes da Síria, Afeganistão, Líbia e Sudão, faz-nos refletir, com pesar e sofrimento, na difícil condição humana, que crianças, adolescentes, mulheres e homens vivem, fugindo da guerra, deixando tudo para trás, carregando apenas a ilusão e a esperança.
De onde e porque fogem?
Fogem da guerra, da violência sem limite, da opressão, da crueldade, da destruição nos seus países, levada a efeito pelos fanáticos exércitos islâmicos, uma das consequências da “Primavera Árabe”, olhada, sempre, tão candidamente pela nossa esquerda intelectual.
Para onde fogem e o que procuram?
Fogem para a Europa Ocidental a procura de paz, estabilidade, acolhimento e solidariedade.
Fogem de uma sociedade fechada, opressiva e violenta, a procura de um mundo mais aberto, mais pacífico, de valores éticos e morais, baseado na solidariedade.
A crise humanitária que esses povos vivem, exige uma resposta a medida dos nossos valores, intensa, calorosa, afetiva.
A Europa ocidental, de economia de mercado, de pluralismo ideológico, de democracia de sufrágio universal, de valores cristãos, constitui para esses Povos a referência que nos desvalorizamos.
Onde estão os povos marxistas, os regimes socialistas e comunistas? Não estão na vanguarda da resposta?
As políticas solidárias das democracias ocidentais, saberão dar a melhor resposta e todos nos, devemos olhar para trás, com mais orgulho e amor-próprio na sociedade que construímos e onde vivemos.
Por: Júlio Sarmento, ex-presidente da Câmara de Trancoso e antigo líder da Distrital do PSD