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A crise

Bilhete Postal

Aguardam-se momentos maus e escurece o destino. Este é um exercício do pessimismo e um acto de comiseração muito português: que será de nós? Que fazer? Se o barril de crude chegar aos 100 dólares, a gasolina vai para dois euros e andar de carro será incomportável. Isto acarreta greves e movimentações sindicais ferozes. A luz sobe, o gás sobe, a comida sobe, e a imaginação desce preocupada com as questões da sobrevivência.

Com os fogos estragam-se os terrenos, com a seca a manter-se esperam-se mais fogos no ano que vem, cortes no abastecimento de água e por fim a síndrome do deserto, a miragem da sede… África viveu uma década sem chuvas, não era por serem incapazes, era a adversidade do tempo. Com menos água os rios têm mais poluição e há mais doenças infecto-contagiosas prejudicando a água potável. Vamos a tempo das energias alternativas? Vamos pagar mais impostos? Vamos ter menos férias? Ninguém se lembrou disto antes? Que será de nós?

Por: Diogo Cabrita

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