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A construir música na Guarda

The Curimakers lançaram o álbum “Split in Two” este ano e lutam para chegar ao mercado nacional

Estão unidos pela música e por uma cidade. Têm atividades profissionais distintas, desde a advocacia à banca, mas a melodia soa sempre mais alto. Os The Curimakers estão a sedimentar o seu percurso na Guarda e 2011 marca o ano em que editaram o primeiro álbum de originais intitulado “Split in Two”. Como tantas outras bandas, têm um sonho. E agora querem vivê-lo.

Curi (voz e guitarra acústica), Francisco Martins (bateria, percussão e back vocals), Susana Ferreira (back vocals), Tozé Novais (piano, teclas, back vocals), Armando Almeida (guitarra elétrica, back vocals) e Rui Manique (baixo) são os elementos da banda. Todos do distrito da Guarda. Uns da cidade, outros de Seia. A sua história começa num outro grupo de música: a Banda Jota. Em 2010, Curi e Tozé Novais já tinham algumas músicas em início de vida, mas precisavam de “construtores”. Outros músicos, outras contribuições. A amizade de longa data ligava-os aos membros da Banda Jota e a transição acabou mesmo por acontecer. As músicas de Curi tinham agora “makers” (aqueles que fazem). «Chamo-me Paulo Correia, mas toda a gente me conhece por Curi e eles são, no fundo, os construtores da música que eu inicialmente fiz», explica o vocalista. Em dezembro de 2010, o “Split in Two” estava pronto.

E 2011 tem sido o ano em que o dão a conhecer ao público. Pop, funk e soul unem-se ao longo de 13 músicas que, no final, contam uma história. «Há uma linha condutora que liga as canções e acho que isso se percebe», adianta Curi. O “Split in Two” vai estar disponível para venda nos postos de turismo de Seia e eventualmente no da Guarda. Mas este ano não fica apenas marcado pelo álbum. A banda participou no concurso “Rock Rendez Worten” e foi a mais votada do público, acabando por conquistar o prémio de “Melhor Refrão”. «Participámos precisamente para sermos conhecidos fora daqui», diz Curi, acrescentando que a música dos The Curimakers «tem sido muito bem recebida na Guarda e em Seia». Mas agora querem dar o salto. Alargar o sonho a outras cidades, a outros países, quem sabe. «É muito complicado fazer música original no interior porque o mercado é pequeno», admite o vocalista. Na sua opinião, «os mercados de Lisboa e Porto têm muitos vícios e só entra quem eles querem».

Ainda assim, não viram a cara à luta. E apoiam-se no velho ditado, segundo o qual “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Curi explica que, por enquanto, têm de «conciliar as diferentes profissões com a música», mas o objetivo final é que um dia possam, de facto, viver apenas desta sua paixão.

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