Será necessário para o equilíbrio de um país a existência de bolsa de valores? A sua presença aumenta a credibilidade de um Estado? A Bolsa de Xangai surgiu em 1990 e a bolsa de Luanda não existe. A Bolsa de Lisboa enterrou o capital de muita gente e deu temporariamente riqueza a alguns e, agora, dor de cabeça a muitos. O valor expresso em Bolsa não corresponde a barras de ouro e pode nem existir em lado nenhum, é um papel voador. Pode ser discutido que seja um método de financiamento das empresas, pode ser um modo de entrar no jogo da finança, pode ser um objetivo de alguns empresários deslumbrados mas… A bolsa é um jogo e o mercado é sobretudo um jogo onde se distribui dinheiro que está online mas nunca assentou ou caiu em depósito. A bolsa é um dos pilares do paradigma económico em que vivemos e pode ser um dos edifícios a repensar. Porque não acabamos com ela? A quem serve a sua existência? Também há uma dúvida crescente sobre a utilização pelos bancos de um crédito garantido por um Estado que deve à própria banca milhões de euros. Porque não se faz um ajuste de contas e se recomeça o processo no encontro realizado? Toma lá e dá cá. Dar e Receber. Um Estado que paga as suas dívidas é um lugar mais fácil de equilibrar e de sustentar crédito a quem o utilizar. Devo-te dez mil milhões, pago-te dez mil milhões e não vou buscar 12 mil milhões de financiamento que implicam juros. Mas eu não sou economista, só sei que me parece tudo algo estranho.
Por: Diogo Cabrita