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A arte de cozinhar

nutrição e saúde

As alterações sociais ocorridas nas últimas décadas, levaram a mulher, outrora, dedicada a cem por cento ás tarefas domésticas e á educação dos filhos, a ter um papel importante e activo na nova sociedade. A vida agitada do dia a dia, deixa-lhe pouco tempo disponível para se dedicar às tarefas de caseiras, entre elas a confecção das refeições familiares que muitas vezes tende a descurar levando ao “quanto mais fácil e rápido melhor”! Quem ganha com esta tomada de posição são restaurantes quer tradicionais quer os de take a way, ou os de fast food, as confeitarias e a indústria alimentar de produtos pré confeccionados. Quem perde somos todos nós, que consumimos muitas vezes produtos de má qualidade alimentar e nutricional, ficando muitas vezes a comida caseira e tradicional, reservada para os fins-de-semana em casa da avó.

Sem dúvida que estas facilidades trazem vantagens na resolução do “problema” chamado – confecção das refeições familiares. Mas o facto de se deixar de comer em família, de se fazerem refeições à pressa e em ambientes barulhentos, com consumos excessivos de alimentos ricos em gordura e açúcar, leva a um aumento dos distúrbios alimentares, e por sua vez ao aumento das doenças relacionadas com as alterações do comportamento alimentar.

É pois necessário pensar no quanto podemos “ganhar e perder” com as nossas opções

E aqui fica a minha sugestão – Não abandone a cozinha, faça do acto de cozinhar uma terapia, um momento agradável e partilhe-o com a sua família. Porque não, pedir a colaboração dos seus filhos e o seu marido? Transforme este momento num momento de agradável convívio, que vai por certo reforçar as relações familiares.

Por outro lado, e sabendo da importância que as refeições têm na vida social, aproveite e convide os amigos para uma boa refeição em sua casa. Ponha a conversa em dia, partilhe histórias e melhore os laços de amizade.

Ao confeccionar as suas refeições, pode escolher os ingredientes mais saudáveis, permitindo-lhe utilizar menos aditivos, menos conservantes, menos gordura e menos sal, já para não falar na maior higiene na confecção.

A escolha do método de confecção fica a seu cargo, podendo evitar o consumo de fritos, preferindo os grelhados, os cozidos, os assados e os estufados. Pode também usar e abusar das especiarias e das ervas aromáticas, que são óptimas para dar sabor às preparações e são excelentes opções, para quem se pretende arriscar numa cozinha criativa.

Há quem diga que cozinhar é uma arte. Mas também pode ser um grande prazer. Cozinhar pode ser uma forma de descontrair, de relaxar, de se divertir. Uma espécie de terapia que contribui para o bem-estar e o equilíbrio emocional.

Finalmente e em jeito de recado…para os que já gostam de cozinhar, não percam esse hábito. Para os que nunca experimentaram, é tempo de começar, descubram o bem que pode fazer a si, à sua família e amigos. A sua saúde e a dos seus vais por certo melhorar.

Por: Inês Campos

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