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João Prata lidera concelhia do PSD

Presidente da Junta de São Miguel «surpreendido» com vitória destacada

João Prata é o novo presidente da concelhia da Guarda do PSD. O actual presidente da Junta de Freguesia de S. Miguel conseguiu 88 votos, mais 27 que Jorge Libânio (61), enquanto Carlos Gonçalves obteve 53. O novo líder dos social-democratas da capital do distrito confessou que não contava vencer com esta diferença e destacou a «extraordinária participação dos militantes num momento difícil do PSD» – a abstenção ficou-se pelos 29,5 por cento. Rui Quinaz é o novo presidente da mesa do plenário.

Jorge Libânio é peremptório na análise que faz dos resultados, sobretudo com o aparecimento da candidatura de Carlos Gonçalves, a última a surgir: «Não há dúvidas que eu ganharia se não houvesse essa divisão», sustentou um dos candidatos derrotados. Contudo, João Prata não partilha desta visão aritmética, considerando «não estar provado que as pessoas que votaram em Carlos Gonçalves votariam em Jorge Libânio». Já os vencidos no escrutínio da passada quinta-feira esperam agora que o sucessor de Zita Vaz esteja disponível para os ouvir. O líder eleito aceita a disponibilidade, entende-a como um dever de militância e admite convidar «pontualmente» Jorge Libânio e Carlos Gonçalves para «fóruns de reflexão e debate». Para João Prata, a lista que ganhou «é aquela que olha para o futuro sem nos deixar escravizados no passado». E, a propósito de futuro, o dirigente prefere ainda não falar em nomes para concorrer à Câmara da Guarda nas autárquicas de 2009, mesmo depois de ter considerado Álvaro Amaro «um bom candidato» durante a campanha.

É que a escolha do PSD só deverá ser conhecida entre o final de 2008 e meados de 2009. Desde 1974 que o PSD está na oposição na Guarda e João Prata quer contribuir para inverter esta situação: «É bom que as pessoas da Guarda não tenham medo da mudança», apelou. E argumentos parecem não lhe faltar, acusando o executivo socialista de apresentar ideias em função dos períodos eleitorais, «uma situação insustentável», pois «a cidade não pode viver à custa dos processos eleitorais», critica. João Prata alega também haver «alguma inoperância» dos executivos de maioria socialista face aos diferentes Governos, constatando que recorrem a «queixas» quando governa o PSD e à «”lamechice”» quando é o PS quem está no Governo. Olhando para a cidade, João Prata estabelece quatro objectivos: «Qualificar a participação democrática das pessoas, construir uma cidade diferente com os diversos actores sociais, criar pensamento e apostar num produto e numa imagem de marca que projectem a Guarda no país».

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