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A água da Covilhã

Carlos Pinto já confirmou aquilo que era inevitável com o negócio da alienação de 49 por cento do capital da empresa municipal Águas da Covilhã. O preço da água vai mesmo subir e este é um facto consumado, apesar da venda ainda ter que merecer o aval da Assembleia Municipal. Resta saber de quanto vão ser esses aumentos, e quantas vezes eles vão ocorrer, quando a empresa cair nas mãos dos privados. É que por mais justificações que o presidente da Câmara dê, nem o covilhanense mais ingénuo acreditará que o consórcio vencedor não avançou para este negócio com o único propósito de obter lucro. E quanto mais rápido ele chegar melhor. Já agora lanço o repto à futura administração para tornar as facturas menos confusas, isto depois do “truque” de terem optado pela facturação mensal, em vez de bi-mensal. Será assim tão complicado incluir apenas um item para o consumo de água, outro para as Tarifas de Esgotos e outro para os Resíduos Sólidos? E já estou a ser benevolente, pois noutras cidades vizinhas, a factura da água apenas apresenta o consumo de água e a taxa do lixo. A Covilhã, não. Opta pela originalidade (?!) de incluir, pelo menos, 13 itens numa factura que se revela um verdadeiro “quebra-cabeças” de analisar para qualquer um. Para quê complicar em vez de facilitar?

Emanuel Trindade, Covilhã

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