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997 mil portugueses viveram em «privação material severa» em 2015

Revela análise do Eurostat, o gabinete de estatística da União Europeia.

Em 2015, 8,2 por cento da população da União Europeia vivia em situação de «privação material severa», anunciou esta quinta-feira o Eurostat. Em milhões de habitantes, este indicador significa que 41 milhões de pessoas enfrentaram a escassez de recursos, foram incapazes de pagar as suas contas, de aquecer a casa ou de fazer uma semana de férias fora do domicílio.

É uma percentagem que traduz uma tendência de quebra depois do pico de 9,9 por cento registado em 2012, mas afetou de forma particular as famílias com crianças. «A percentagem de famílias com dois ou mais adultos e crianças que sofreram de provação material severa foi de 8,3 por cento, contra os 6 por cento das famílias sem crianças», refere o gabinete de estatística da União Europeia.

A análise do Eurostat mostra, também, que a privação material severa atinge 17,3 por cento das famílias monoparentais e é mais visível quando as pessoas vivem sozinhas. No caso dos adultos que vivem sozinhos, sem crianças, a percentagem é de 11 por cento, descendo para os 6 por cento quando a família envolve pelo menos dois adultos sem crianças.

No caso de Portugal, há 997 mil pessoas em «privação material severa», o que representa uma taxa de 9,6 por cento, contra 10,6 por cento em 2014 e 8,6 por cento em 2012. Na UE, a percentagem mais elevada foi registada na Bulgária (34,2 por cento), seguida da Roménia (24,6 por cento) e Grécia (22,2 por cento). Do lado oposto, estão a Noruega (1,3 por cento) e Islândia (1,3 por cento).

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