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61 por cento dos desempregados do distrito sem subsídios

Dados da Segurança Social revelam que nos primeiros sete meses do ano o número de beneficiários tem variado entre 3.864 e 4.131 pessoas

Havia 3.980 beneficiários de prestações de desemprego no distrito da Guarda em julho passado, num mês em que os três Centros de Emprego da Guarda (5.238), Seia (3.303) e Pinhel (1.613) tinham 10.154 inscritos. Ou seja, cerca de 61 por cento das pessoas sem trabalho no distrito nesse mês não auferiam qualquer subsídio de desemprego.

Os dados disponibilizados na página da Internet da Segurança Social (www.seg-social.pt) incluem subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego inicial, subsídio social de desemprego subsequente e prolongamento de subsídio social de desemprego. Segundo as estatísticas, o Centro Distrital da Guarda tem registado pequenas variações desde o início do ano, sendo que o número de beneficiários aumentou entre janeiro (3.864 beneficiários) e março (4.131), baixou em abril (4.034) e subiu novamente em maio (4.131). De resto, março e maio foram os meses em que se pagaram mais prestações de desemprego, num total de 4.131 pessoas. Em junho, houve nova diminuição, mas em julho – últimos dados disponíveis – verificou-se uma subida de 60 beneficiários, para 3.980. Ainda de acordo com os dados oficiais (em www.seg-social.pt), nestes sete primeiros meses do ano o maior aumento de beneficiários ocorreu de janeiro para fevereiro, quando a Segurança Social teve que subsidiar mais 248 pessoas. Pelo contrário, a maior redução aconteceu em junho, tendo sido pagas menos 211 prestações que no mês anterior.

Neste período, o valor médio médio do subsídio de desemprego pago no distrito da Guarda era de 494,69 euros, menos 33 euros que a média nacional (527,88 euros). Em julho, Lisboa era o distrito com o subsídio médio mais alto do continente, com 597,13 euros, mas Setúbal (563,69) e Coimbra (529,19) tinham valores superiores à média nacional. Já em Bragança pagava-se o subsídio mais baixo do continente (480,22 euros). No caso do subsídio social de desemprego inicial, a prestação média paga no distrito da Guarda (342,29 euros) era ligeiramente inferior à média nacional (342,81), mas era um pouco superior em termos do subsídio social de desemprego subsequente, sendo de 365,96 euros na Guarda contra os 364,55 da média nacional. Bastante acentuada era, em julho, a diferença entre a prestação paga na Guarda de prolongamento de subsídio social de desemprego e a média nacional. Eram 148,20 e 327,77 euros, respetivamente. Nesta categoria, os beneficiários dos distritos de Braga, Bragança, Coimbra, Évora e Viana do Castelo, auferiam 419,10 euros, o valor mais alto praticado no país.

Segundo a Segurança Social, havia em julho 361.894 beneficiários de prestações de desemprego – mais cinco mil que no mês anterior. Os distritos de Lisboa e Porto absorviam 41,3 por cento das prestações de desemprego. As estimativas oficiais admitem que, este ano, a taxa de desemprego deverá chegar aos 16 por cento da população ativa. Em agosto, estavam inscritos nos Centros de Emprego do distrito da Guarda 10.262 desempregados, repartidos pela Guarda (5.348), Seia (3.271) e Pinhel (1.643). Na Covilhã, os desempregados eram 7.237 em julho, registando-se mais 126 pessoas no mês seguinte.

Luis Martins No distrito da Guarda havia 10.262 pessoas sem trabalho em agosto

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