A petição online contra portagens na A23 e A25, lançada no passado dia 3, já foi enviada ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e à Assembleia da República. Subscreveram o documento 3.500 cidadãos que contestam «uma decisão tão prejudicial para esta região sempre ostracizada».
Os fundamentos deste abaixo-assinado assentam no facto da A25 (Auto-estrada das Beiras Litoral e Alta) e da A23 (Auto-estrada da Beira Interior) serem «duas vias fundamentais ao desenvolvimento da Beira Interior, às empresas que aqui laboram e às pessoas que diariamente circulam entre as suas principais cidades», lê-se. O documento, e os subscritores, sustentam que a introdução de portagens nestas duas vias sem custos para o utilizador (SCUT), anunciada para 15 de abril, é «mais uma medida que contribui para o isolamento desta região». Será também «um travão inexplicável e injustificado aos anseios de progresso e bem-estar dos seus cidadãos, que terão que pagar mais esta taxa sobre a sua interioridade».
A petição recorda que o atual Governo «enganou os habitantes da Beira Interior ao decidir antecipar a cobrança nestas auto-estradas antes que esta região atinja níveis de desenvolvimento e de rendimentos per capita iguais à média nacional. Meta que está longe de acontecer e ficará ainda mais comprometida a partir de 15 de abril. Até porque a construção da A23 e A25 deixou a Beira Interior sem estradas alternativas dignas de um país membro da Comunidade Europeia. Pagar para circular é que não. A Beira Interior deve e merece não pagar portagens», argumenta-se.