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26 por cento das consultas foram feitas fora do prazo em 2015

Aumentou, no último ano, o tempo que os cidadãos têm que esperar para serem observados por um especialista nos hospitais ou para serem operados.

É nas cirurgias que os números são mais expressivos: no final de 2015 havia mais de 196 mil pessoas em lista de espera para serem operadas, um aumento de 6,7 por cento face a 2014, e 12,3 por cento dos doentes foram submetidos a intervenções cirúrgicas fora dos prazos máximos previstos na lei. Nas consultas, mais de um quarto (26 por cento) não respeitaram os tempos máximos de resposta, embora o número de consultas tenham aumentado. São as especialidades de dermatologia e oftalmologia que apresentam maiores dificuldades de resposta.

Estes dados, que constam do Relatório Anual sobre o Acesso aos Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas de 2015 — ontem distribuído na Comissão Parlamentar de Saúde —, provam que a tendência de crescimento da atividade cirúrgica programada e das consultas em 2015 (mais 1,7 por cento e mais 1,8 por cento do que no ano anterior, respetivamente) não foi suficiente para dar uma resposta atempada a uma parte do cada vez maior número de doentes no SNS.

A legislação estipula que o tempo de resposta para uma consulta de especialidade não pode ultrapassar os 150 dias (prioridade normal) mas define prazos bem mais curtos para os casos prioritários (dois meses) e muito prioritários (um mês). Nas cirurgias, os tempos máximos de resposta garantida oscilam entre os 15 dias (casos muito prioritários), 60 dias (prioritários) e 270 dias (normais).

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