A Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL) assinala este mês os 22 anos da morte do filósofo, poeta e ensaísta Agostinho da Silva com uma conferência a realizar esta tarde (18 horas).
Intitulada “Agostinho da Silva: pelo saber atento à vida”, a sessão terá como oradora Maurícia Teles, investigadora da cultura e do pensamento português, que conviveu e desenvolveu projetos com o pensador que nasceu em Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), e coordena o boletim “Folhas à Solta”, da Associação Agostinho da Silva, da qual é presidente. A BMEL lembra que Agostinho da Silva (1906-1994) «afirmava a Liberdade como a mais importante qualidade do ser humano». Além desta homenagem, a biblioteca evoca o 25 de Abril de 1974 com uma mostra bibliográfica de 35 livros de edição portuguesa, existentes na BMEL, cuja circulação esteve proibida durante o Estado Novo (1926-1974). Cinco dos títulos apresentados são edições originais proibidas. No dia 13 decorre mais uma sessão de “Guarda: a memória”, também dedicada à “Revolução dos Cravos” com José Pires Veiga, então alferes-miliciano no RI 12, que vai relembrar os acontecimentos desse dia na Guarda.
A BMEL preparou ainda uma exposição de “cartoons” de João Abel Manta do pós-25 de Abril que será inaugurada dia 22. Nesse dia realiza-se a conferência “A censura na roda do medo”, por Fernando Paulouro Neves (ex-diretor do “Jornal do Fundão”). Já no dia 26 tem lugar uma conferência seguida de oficina sobre “Ditadura e Revolução contadas aos mais novos: o 25 de Abril na literatura para a infância e a juventude”, por Ana Margarida Ramos. Já a conferência “Azuis ultramarinos – Propaganda e censura no cinema do Estado Novo”, por Maria do Carmo Piçarra, encerra o ciclo dedicado ao 25 de Abril de 1974, no dia 28.
Este mês comemora-se também o Dia Mundial do Livro, a 23 de abril, dia para o qual estão programadas sessões de teatro e de contos para os mais pequenos, uma oficina de encadernação japonesa. Quanto à apresentação de livros, na terça-feira (18 horas) Manuel Poppe apresenta “Céu nublado com boas abertas”, de Nuno Costa Santos, e no dia 23 será lançado “O hominídeo humanizado” de António Sá Gué, pseudónimo literário de António Manuel Lopes. No último dia do mês serão apresentadas a edição em português e bilingue (português-neerlandês) da peça “Um outro fim”, de Daniel Rocha.