Um tal jhs, que se esconde atrás da sigla mas que nós conhecemos bem, encontrou guarida n’ O Interior para “destilar veneno” sobre o 1º de Maio, os dirigentes sindicais e a luta dos trabalhadores. Claro que, como qualquer manipulador que se preze, não o fez sem antes fazer uma declaração saudosista ao 1º de Maio, que, diga-se, nunca organizou, porque os trabalhadores da Covilhã nunca lhe deram confiança electiva para tal.
Desde já se esclarece que (…) não é o direito à opinião de jhs que está em causa. O que está em causa é o carácter ofensivo da opinião dele, já que tendo nós tido acesso ao texto integral, sabemos que a seguir a piroso há a expressão fascista, expressão ofensiva que O Interior, cuidando de si próprio, teve o bom senso de omitir.
É óbvio que jhs não está de boa fé, pois, se estivesse:
1. Não teria misturado com o 1º de Maio a exposição da Câmara, que está patente ao público há mais de 3 semanas;
2. Tinha procurado saber porque razão o 1º de Maio foi assim e teria ficado a saber que, ao contrário de anos anteriores, não tínhamos palco para as comemorações e que, por Isso, tivemos de o alugar em bloco com o grupo;
3. Tinha referido as mais de mil pessoas na marcha de homenagem ao trabalhador e o povo na rua a saudar o 1º de Maio (remete-se foto);
4. Tinha referido as mais de 500 pessoas na manifestação do Tortosendo;
5. Tinha referido que no comício-festa houve intervenção sindical e que a anteceder foi tocada, e bem, uma notável canção de Zeca Afonso, (remete-se foto do comício).
6. Teria dito que a última parte do espectáculo foi dedicada à música dos Pink Floyd, dos Xutos e de outros grupos com mensagem política. Mas não, ele não esteve até ao fim porque ele, licenciado e com carteira de jornalista, não se mistura com o povo que comete o “crime” de, para além da boa música portuguesa, também gostar de pimba;
7. Tinha dito que aqueles a quem apelida de pimbas por várias vezes saudaram com a luta dos trabalhadores e o simbolismo do 1º de Maio.
Caros leitores, o que verdadeiramente incomodou o jhs não foi a música. O que o incomodou foi o conteúdo, a forma e o tom da intervenção da USCB/CGTP-IN (ele próprio o diz). Foi a denúncia da corrupção e dos corruptos instalados no poder, foi a desmontagem da cooperação estratégica do PS, PSD e Cavaco contra quem trabalha e foi o ter constatado que, apesar de longa, o povo, que na opinião dele é piroso, não arredou pé e ouviu, aplaudiu e apoiou toda a intervenção e muito particularmente a convocação da manifestação nacional para dia 29 de Maio.
A jhs não bastou discordar do tom musical, por isso omitiu o essencial das comemorações e, numa atitude de superioridade moral e intelectual que raia a arrogância, aproveitou para chamar pirosos aos dirigentes e afirmar que estamos para fazer relatório. É óbvio que, com estas expressões, jhs quis propositadamente ofender os dirigentes da USCB/CGTP-IN.
É que nós não precisamos de fazer relatório porque, ao contrário de jhs, que não precisa de ser eleito para mandar bitaites, nós fomos sempre eleitos, sujeitando-nos ao julgamento dos trabalhadores e enfrentando com determinação, todos os dias nas empresas e locais de trabalho, todos aqueles que querem fazer tábua rasa da Constituição da República e dos direitos económicos, laborais e sociais que a mesma consagra.
Estamos em crer que por detrás destas opiniões estão outros objectivos de médio prazo que a seu tempo se vislumbrarão (há coisas que não são coincidências) e também está um enorme preconceito ou complexo de inferioridade. Se for isto lamentamos, mas, na USCB/CGTP-IN, não tratamos destas maleitas.
A Direcção da USCB/CGTP-IN