O presidente da Câmara da Guarda e candidato do PSD às próximas autárquicas está «indignado» com as sete vagas abertas para a colocação de médicos assistentes para a Unidade Local de Saúde (ULS) guardense.
As listas e o respetivo procedimento concursal foram publicadas no “Diário da República” na sexta-feira, sendo a ULS tem cabimentados sete lugares para clínicos de áreas hospitalares e de saúde pública. De acordo com o documento, existem 1.041 vagas a nível nacional. A decisão foi criticada por Chaves Monteiro, para quem a disponibilidade de apenas sete vagas, «quando há tantos serviços carenciados no Hospital Sousa Martins, é incompreensível e
contraria aquilo que o Governo tem vindo a prometer para o desenvolvimento do interior e para a coesão territorial». Para o autarca, este «é um retrocesso do que deve ser a esperança para estes territórios» do interior, especialmente na área da saúde.
O edil guardense exige que o Ministério da Saúde explique a decisão de «apenas» terem sido atribuídas uma vaga na Saúde Pública, três na Medicina Interna, uma na Ortopedia, outra na Otorrinolaringologia e na Pneumologia. «O Governo não nos tratou da mesma forma que tratou outras regiões, mesmo do interior, o que denota uma discriminação evidente naquilo que consideramos essencial para desenvolver coesão e a igualdade de oportunidades para todos», considerou Chaves Monteiro, que criticou «o silêncio» da ULS. Entretanto, a administração hospitalar já reagiu e manifestou-se igualmente «surpreendido» com o número de vagas atribuído. «Em maio passado, com o despacho nº 5039 – A/ 2021 de 18 de maio, a Unidade Local de Saúde da Guarda viu reconhecidas dez vagas para especialidades carenciadas na área hospitalar, das 13 identificadas pelo Conselho de Administração para a nossa instituição. Não tendo estas vagas sido ocupadas mantiveram-se as mesmas carenciadas», lê-se num comunicado enviado a O INTERIOR.
Já a 2 de junho foram identificadas «sete vagas para recrutamentos de médicos para áreas hospitalares e três vagas para Cuidados de Saúde Primários». Solicitações que não foram tidas em conta pela tutela, pelo que o Conselho de Administração está «a envidar todos os esforços junto das entidades competentes para mitigar os efeitos desta decisão pouco equitativa para a área de abrangência da ULS».