O Conselho Deontológico (CD) do Sindicato dos Jornalistas divulgou, na passada sexta-feira, a decisão relativamente às críticas deontológicas que a Diocese da Guarda dirigiu à jornalista Madalena Ferreira, da SIC, por causa de uma reportagem da sua autoria intitulada “Padre de Pinhel nunca suspendeu as missas presenciais”.
O foco da tomada de posição da Diocese, após a transmissão da notícia, incidiu sobre o facto da jornalista não se ter apresentado como tal e ter recolhido «imagens de forma abusiva e sem autorização, no interior da igreja, recorrendo a um telemóvel, desrespeitando todas as regras do código deontológico da profissão que exerce», lê-se na nota então divulgada pela Diocese. Por ter continuado a suspeita que o pároco em questão realiza missas presenciais, apesar de ter sido desaconselhado pela Conferência Episcopal Portuguesa, e depois de ter desmentido a realização das missas públicas, nomeadamente a O INTERIOR – que noticiou o caso em primeira mão, o Conselho Deontológico considera que «existem razões de “interesse público” subjacentes a este recurso e não se vislumbra qualquer violação deontológica, ao contrário do que afirma o comunicado da Diocese da Guarda», segundo a deliberação divulgada.
Quanto às restantes críticas deontológicas, o CD diz ter dificuldades em analisar, «ainda assim, assinala-se que a reportagem mostra apenas 6 e não 11 pessoas, como afirma a jornalista; a mesma garante que a porta estava aberta e que entrou como qualquer outra pessoa, o que é perfeitamente plausível; finalmente as pessoas que fazem declarações após a cerimónia, e que assim são identificadas, fizeram-no de livre vontade, sem qualquer equívoco deontológico», concluiu aquele órgão do Sindicato dos Jornalistas.