Uma doença que não matou jovens saudáveis de menos de 30 anos. Uma doença que não causou danos graves em nenhum dos futebolistas que a contraiu. Uma doença provocada por um vírus que não provocou danos em crianças saudáveis. Uma doença desagradável para os jovens que a tiveram, mais pela obrigatoriedade da quarentena do que pelos sintomas. Uma doença que, após a termos tido, confere imunidade (falta saber quanto tempo e de que tipo, mas o mesmo para a vacina).
Uma vacina nova, tecnologia inovadora, com muito pouco tempo de estudo, rompendo todas a história de cuidados e cautelas do passado, com uma histeria criativa, ultrapassando a existência da vacina da sida, por exemplo, vamos injetar essa novidade em jovens? Em enfermeiros de menos de 30 anos? Em jovens médicos? Estamos a perder o senso? O que vão ganhar com isso?
– Mas o que é que tu queres?
Eu vejo com bons olhos que se vacinem os tipos de maior risco: homens gordos, idosos com vida ativa, pessoas de mais de 50 anos em geral e com fatores de risco em particular. Vacinem-se nos hospitais os médicos mais velhos, os enfermeiros e auxiliares e pessoal que contactam os doentes com fator de risco acrescido. Mas depois há que registar os acontecimentos e fazer estudos coerentes.
Vejo com muita apreensão gente fértil a ser injetada, gente de risco reduzido de sintomas, de risco mínimo de afeção pela doença ser medicada para o que já percebemos que não os ofende ou os destrói. Vacinar tem de fazer sentido. Vacinar tem de acarretar um benefício e nunca deixar uma leve suspeita, a mínima das dúvidas.
Na minha reflexão vejo como uma cautela fundamental evitar surpresas. Evitar que dentro de dez meses surjam desagradáveis situações que podíamos ter evitado e sobretudo não havia urgência nenhuma em terem sido provocadas.