Escute um bom conselho

Escrito por Diogo Cabrita

«Vejo com muita apreensão gente fértil a ser injetada, gente de risco reduzido de sintomas, de risco mínimo de afeção pela doença ser medicada para o que já percebemos que não os ofende ou os destrói.»

Uma doença que não matou jovens saudáveis de menos de 30 anos. Uma doença que não causou danos graves em nenhum dos futebolistas que a contraiu. Uma doença provocada por um vírus que não provocou danos em crianças saudáveis. Uma doença desagradável para os jovens que a tiveram, mais pela obrigatoriedade da quarentena do que pelos sintomas. Uma doença que, após a termos tido, confere imunidade (falta saber quanto tempo e de que tipo, mas o mesmo para a vacina).

Uma vacina nova, tecnologia inovadora, com muito pouco tempo de estudo, rompendo todas a história de cuidados e cautelas do passado, com uma histeria criativa, ultrapassando a existência da vacina da sida, por exemplo, vamos injetar essa novidade em jovens? Em enfermeiros de menos de 30 anos? Em jovens médicos? Estamos a perder o senso? O que vão ganhar com isso?

– Mas o que é que tu queres?

Eu vejo com bons olhos que se vacinem os tipos de maior risco: homens gordos, idosos com vida ativa, pessoas de mais de 50 anos em geral e com fatores de risco em particular. Vacinem-se nos hospitais os médicos mais velhos, os enfermeiros e auxiliares e pessoal que contactam os doentes com fator de risco acrescido. Mas depois há que registar os acontecimentos e fazer estudos coerentes.

Vejo com muita apreensão gente fértil a ser injetada, gente de risco reduzido de sintomas, de risco mínimo de afeção pela doença ser medicada para o que já percebemos que não os ofende ou os destrói. Vacinar tem de fazer sentido. Vacinar tem de acarretar um benefício e nunca deixar uma leve suspeita, a mínima das dúvidas.

Na minha reflexão vejo como uma cautela fundamental evitar surpresas. Evitar que dentro de dez meses surjam desagradáveis situações que podíamos ter evitado e sobretudo não havia urgência nenhuma em terem sido provocadas.

Sobre o autor

Diogo Cabrita

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