Já está em marcha o concurso público para construção e instalação de um órgão de tubos na Sé da Guarda. O procedimento foi lançado no final de julho pela Direção Regional de Cultura do Centro e tem um valor base de 500 mil euros. As propostas terão de ser apresentadas até ao final deste mês, de acordo com o anúncio publicado em “Diário da República”.
O projeto resulta de um entendimento entre a Diocese, a Câmara da Guarda e a DRCC na sequência do então presidente da autarquia Álvaro Amaro ter anunciado, em dezembro de 2018, a intenção de reconstruir o antigo órgão de tubos da catedral através da incorporação das peças do antigo instrumento que estão depositadas no Seminário local. Para tal, o município decidiu abdicar de cerca de 340 mil euros previstos no Pacto de Desenvolvimento e Coesão Territorial da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela para financiar a aquisição do órgão. Pelo meio, em março de 2019, o deputado do PS Santinho Pacheco oficiou à ministra da Cultura para saber o ponto da situação. Na ocasião, o eleito pelo círculo da Guarda sustentava que «há mais de dois séculos que a Sé Catedral não dispõe do seu órgão de tubos, sendo a única Sé Catedral do país onde isso acontece».
Com solução à vista, Carlos Chaves Monteiro, atual autarca guardense, veio a terreiro recordar que o município foi «a peça fundamental» neste desfecho «ao abdicar» de 340 mil euros a que teria direito no Pacto de Desenvolvimento da CIMBSE. «Sem isto nunca seria possível a DRCC avançar com este concurso público», disse o edil no final da reunião quinzenal do executivo realizada na passada sexta-feira.