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Zeca Afonso imortalizado em estátua de corpo inteiro em Belmonte

Escrito por Luís Martins

No dia em que faria 91 anos, Zeca Afonso foi homenageado em Belmonte com a inauguração de uma estátua em tamanho real da autoria do escultor guardense Pedro Figueiredo.

A escultura fica no centro histórico da vila, no Largo Zeca Afonso, a poucos metros da casa do tio onde viveu nos anos 30 do século passado enquanto os seus pais estavam em Moçambique. «O grande Zeca que hoje todos conhecemos não viveu em Belmonte, quem andou de calções por estas ruas foi o Zezinho», disse António Dias Rocha. Para o presidente do município esta estátua é uma homenagem «ao seu ideal humanista, à sua excelência musical, à sua generosidade e à democracia».

A ministra da Cultura veio a Belmonte para relevar o «mérito cultural incomensurável» da obra do cantautor, cujo processo de classificação vai avançar. No final de uma semana particularmente difícil, Graça Fonseca afirmou que o objetivo é «preservar este acervo musical importante para o país», que «será sempre possível conhecer e investigar com esta classificação». Por sua vez, Pedro Figueiredo disse ter sido «uma responsabilidade muito grande» representar Zeca Afonso dada «a força que ele tem no país» e ser «um ícone da cultura portuguesa»: «Resolvi eternizar a imagem marcante dele no Coliseu de Lisboa com o cravo na mão numa estátua que julgo ser a primeira de corpo inteiro», disse o escultor. 

A inauguração contou com um momento musical por João Afonso, sobrinho do cantautor falecido em fevereiro de 1987, que dá um concerto esta noite no castelo de Belmonte, onde também vão atuar Carlos Vasconcelos e Rúben Matos. Saiba mais na próxima edição de O INTERIOR. 

 

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Luís Martins

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