Esta semana foram dados mais alguns passos no sentido do regresso à, possível e condicionada, normalidade social.
É certo que tudo vai ser diferente a partir desta pandemia com implicações ainda por perceber totalmente, mas com argumentos consistentes face à necessidade de melhor preparação para o futuro e outrossim face a ocorrências similares.
As mudanças de temperatura e a aproximação da tradicional época de férias não devem iludir os cuidados a manter obrigatoriamente, na linha das recomendações oficiais em matéria de saúde pública, tendo sempre presente a prudência e a responsabilidade cívica.
Atuando com a devida ponderação, importa, contudo, colaborarmos ativamente na imprescindível normalização e revitalização económica, mormente desta zona interior do país.
Assim, é importante o contributo coletivo, dos residentes e não residentes na região, numa atitude solidária e eficaz na ajuda à atividade produtiva local, ao pequeno comércio, aos agricultores, à restauração, às pequenas e médias empresas, à hotelaria, etc…
No interior não faltam locais para (re)descobrir, monumentos para visitar, paisagens ímpares para apreciar, artesanato para comprar, museus e espaços culturais para fruir, diversificada gastronomia para saborear, vinhos de excelência, produtos regionais, água cristalina, rios e ribeiras para horas de lazer e diversão, desafiantes trilhos serranos, espaços para desporto, vastos e saudáveis horizontes, ar puro para respirar…
Aliás, o ar puro é uma das nossas mais valias, não só de hoje, mas também do passado. Recordemos que a Guarda foi uma referência nacional e internacional em matéria de tratamento de doenças pulmonares.
Na passada segunda-feira, 18 de maio, ocorreu a passagem do 113º aniversário da inauguração do Sanatório Sousa Martins, uma das principais instituições de combate e tratamento da tuberculose em Portugal. A designação de “Cidade da Saúde”, atribuída à Guarda, em muito se ficou a dever à instituição que a marcou indelevelmente, ao longo de décadas, no século passado.
No presente temos ainda o ar puro como uma inestimável riqueza que devemos aproveitar em simultâneo com a nossa realidade geográfica, cenário de múltiplos motivos de interesse. Esta pandemia, que constitui um choque profundo nas nossas vidas, impeliu-nos a uma reflexão profunda sobre nós, sobre a sociedade em que vivemos, sobre a importância de atividades e setores sócio profissionais, sobre atitudes e comportamentos a seguir; numa perspetiva humana, solidária, cooperante que não se confine palavras de circunstância ou preocupações de protagonismo, mas fique materializada em ações objetivas, consequentes, marcantes.
É fundamental prepararmos novas respostas a partir deste tempo de incertezas e acreditarmos que podemos vencer esta inesperada conjuntura, extraindo dela experiências e ensinamentos para o futuro.