As medidas restritivas devem ser levantadas «de forma gradual, com uma cadência de quinze em quinze dias, setor a setor, evitando a aglomeração em determinados pontos ou locais, com gestão crítica da rede de transportes públicas, com melhoria da oferta e procura horário desfasada», defendeu o primeiro-ministro esta quarta-feira no Parlamento, durante o debate quinzenal.
António Costa admitiu que maio e junho poderão ser «meses de transição» para um progressivo «desconfinamento», mas avisou: «Desconfinamento não é o voltar à vida que tínhamos em fevereiro», pois este é um vírus com o qual «vamos ter de conviver» por tempo indeterminado.
De resto, o primeiro-ministro adiantou que na próxima terça-feira haverá uma nova reunião com especialistas para avaliar os passos seguintes e determinar um «calendário» para o desconfinamento. «É importante que as pessoas comecem a ver a luz ao fundo do túnel. Mas também é importante que estejam preparadas para recuar», alertou António Costa, sublinhando que «quando formos libertando estas restrições nada vai ser como antes».
O chefe do Executivo afirmou ainda que «para podermos andar nos transportes públicos, temos de usar máscara; para ir à escola, temos de usar máscara. Para ir aos restaurantes, a lotação não pode ser a mesma de antigamente».