As linhas de crédito lançadas pelo Governo para apoiar as empresas afetadas pela pandemia do coronavírus foram reforçadas e alargadas a mais setores de atividade.
A partir de agora, podem aceder a estes financiamentos com juros mais baixos os setores do comércio e serviços, transportes, imobiliário, construção e agricultura, entre outros. O alargamento também abrange os empresários em nome individual e as empresas constituídas há menos de 24 meses.
«A elevada procura esgotou os 400 milhões de euros da Linha Capitalizar 2018-Covid-19, pelo que o Governo decidiu remeter os montantes que ultrapassavam a capacidade desse apoio para as quatro linhas de crédito, operacionais desde a passada semana», refere o Ministério da Economia e Transição Digital em nota enviada a O INTERIOR.
A alteração da Linha de Crédito – Apoio Empresas da Indústria foi viabilizada pela a decisão da Comissão Europeia, de 4 de abril, que autoriza o Governo português a aumentar o montante das linhas de crédito com garantia de Estado até 13 mil milhões de euros, assim como os setores abrangidos.
Dessa “luz verde” resultou, segundo o gabinete de Pedro Siza Vieira, a Linha de Crédito COVID-19 – Apoio à Atividade Económica, que pretende «assegurar que o conjunto dos instrumentos de crédito de apoio à tesouraria abranja a globalidade do tecido empresarial português, nomeadamente empresas dos setores do comércio e serviços, dos transportes, do imobiliário, da construção, indústrias extrativas e transformadoras, entre outros», sublinha o ministério.
Esta linha de crédito terá a sua dotação aumentada nos próximos dias, sendo que as condições de financiamento continuarão idênticas. O “spread” máximo será de 1,5 por cento, custo ao qual acresce uma comissão bancária anual máxima de 0,5 por cento do montante de financiamento em dívida e uma comissão de garantia, que pode chegar até 1,75 por cento para as médias empresas com empréstimos de prazo mais longo.
Esta linha estava, até à data, disponível para as empresas das indústrias extrativas, têxtil, vestuário, calçado e fileira da madeira. Agora, passa a abranger também as empresas do setor da agricultura, indústrias transformadoras, eletricidade, água, construção, comércio, reparação de veículos, transportes, informação e comunicação, imobiliário, consultoria, atividades administrativas, educação, saúde, artes e serviços.
Mais informações em https://www.spgm.pt/pt/catalogo/linha-de-apoio-a-economia-covid-19/