A Comunidade Autónoma de Madrid, em Espanha, é uma das zonas mais afetadas no país vizinho, com 3.000 casos e 133 óbitos por coronavírus, o que já levou o presidente da Câmara da capital espanhola, José Luis Martinez-Almeida, a assumir que «o fecho de Madrid está mais perto do que pensamos» numa entrevista ao diário “El País” este sábado.
Isto porque o Governo autonómico e o Governo central estarão a estudar a possibilidade de fechar as 97 estradas que ligam a capital ao resto de Espanha, numa «restrição de mobilidade» idêntica à adotada em Itália.
A implementação desta medida está dependente da evolução do pico de contágios para os próximos três ou quatro dias, dependendo se «se mantém dentro das previsões ou se, pelo contrário, assistimos a um cenário acima da média», refere o autarca. Se a realidade ultrapassar as previsões, Martínez-Almeida não tem dúvidas: «Seria necessário adotar essas medidas restritivas da mobilidade. E ninguém pode dizer que isso vai ou não vai acontecer, neste momento», afirma ao “El País”.
A autarquia da capital espanhola decretou entretanto o encerramento de todos os parques e jardins públicos por «lamentavelmente» se terem juntado nesses espaços «aglomerados de pessoas». Também o governo regional da Catalunha se mostra alarmado. Na sexta-feira, o presidente da Generalitat, Quim Torra, lançou um apelo a Sánchez para que feche as fronteiras, algo que só pode ser decidido a nível nacional: «A evolução do contágio exige-nos que sejamos mais drásticos. Achamos que temos de nos antecipar a uma evolução demasiado rápida da doença no nosso país e por isso achamos que será preciso confinar a Catalunha», disse o responsável.