O coordenador do Plano Estratégico de Turismo para a Serra da Estrela (PETUR), Pedro Guedes de Carvalho, entende o casino como mais uma «valência de diversão» para os turistas que procuram a neve. No entanto, considera que este equipamento terá que ter «dimensões reduzidas para não colidir com o tráfego» de acesso à Torre, funcionando apenas como um complemento nocturno das actividades de montanha. O professor de Economia da UBI refuta a ideia de que o casino seja a «alavanca do turismo» na região, pois os seus frequentadores habituais têm comportamentos «muito diferentes dos turistas» que visitam a Serra da Estrela, pelo que rejeita o argumento de que esta actividade será lucrativa. «Há muitos impostos e só sete ou oito por cento do investimento obtido é lucro. O resto, é para despesas», salienta. Também Fernando Matos, director do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), disse a “O Interior” «não ter nada contra» com a Zona de Jogo se esta «contribuir para o desenvolvimento local». Sendo que as Penhas da Saúde têm sido apontadas como a possível localização, Fernando Matos diz que essa opção «não colidirá com o ambiente» desde que seja feito um turismo ordenado, salientando ainda que não é da sua competência pronunciar-se sobre «a construção de mais um hotel ou a criação de uma zona de jogo num núcleo urbano».
