Estão eleitos os novos líderes de doze das catorze concelhias do PS no distrito da Guarda. As eleições decorreram na sexta-feira e ficaram marcadas pela reduzida taxa de participação resultante do não pagamento atempado de quotas. Em consequência, dos mais de 2.000 militantes registados pelo partido, apenas 723 estavam em condições de votar, mas só 536 o fizeram.
A quebra foi mais acentuada na Guarda e Celorico da Beira. Na sede do distrito António Monteirinho, candidato único, foi eleito com 94 votos, dos 105 votantes. Registaram-se três votos brancos e oito nulos, num universo de 136 militantes eleitores – a concelhia tem inscritos mais de 600 militantes. Também candidato único, José Albano Marques foi eleito em Celorico da Beira com 72 votos dos 76 militantes inscritos – a secção conta mais de 250 militantes. João Paulo Matias (Trancoso) e Jorge Liça (Vila Nova de Foz Côa) foram outros dos candidatos eleitos com votações reduzidas. O primeiro obteve o voto de 18 dos 31 militantes inscritos e o segundo 54 dos 89 socialistas em condições de votar.
Em Seia, o regressado Eduardo Brito assume a liderança da secção local com a votação mais expressiva do distrito. Foi eleito por 97 dos 110 militantes que foram às urnas, num universo de 136 inscritos. Contudo, verificaram-se onze votos brancos e dois nulos. Manuel Fonseca (Fornos de Algodres), José Mano (Figueira de Castelo Rodrigo), Luís Gonçalves (Sabugal), António Carvalho (Manteigas), Conceição Salvador (Gouveia), Óscar Sampaio (Mêda) e Renato Pires (Aguiar da Beira) completam a lista de novos líderes concelhios do PS na Guarda. Por eleger ficaram os presidentes das secções de Almeida e Pinhel, onde não houve o número mínimo de militantes com quotas em dia. Nestes casos as eleições terão lugar quando a situação for ultrapassada.
Resolvido o problema das concelhias, os socialistas do distrito vão agora eleger o novo presidente da Federação da Guarda, ato que ocorrerá a 13 ou 14 de março. Ao que tudo indica, Alexandre Lote, de Fornos de Algodres, deverá ser candidato único para suceder a Pedro Fonseca, que se demitiu do cargo em julho passado. Na ocasião serão também escolhidos os delegados aos congressos federativos, previstos para 4 ou 5 de abril, e eleita a presidente da Federação das Mulheres Socialistas. Em maio será eleito o secretário-geral do partido, numa eleição em que poderão participar os simpatizantes do PS (desde que inscritos há mais de meio ano no partido e paguem uma contribuição única a definir pelo Secretariado Nacional), e o congresso nacional vai ter lugar no último fim de semana desse mês.
Fraca participação marca eleições das novas concelhias PS
António Monteirinho (Guarda), José Albano Marques (Celorico) e Eduardo Brito (Seia) são alguns dos novos líderes eleitos na sexta-feira