Sete anos depois, a oposição PS na Câmara da Guarda continua a duvidar do impacto da Feira Ibérica de Turismo (FIT) na cidade e quer saber se o evento tem algum efeito na economia local. O assunto veio de novo à baila na segunda-feira, na reunião quinzenal do executivo que aprovou, por maioria, a abertura do concurso público para a implementação de estruturas e equipamentos da FIT com um preço base de 310 mil euros, mais IVA.
Cristina Correia questionou o valor do procedimento e disse mesmo duvidar que seja «o real». Para a vereadora, «é preferível partir rapidamente para o pavilhão multiusos, que, se calhar, já estava pago com estas feiras e tínhamos algo concreto na cidade». Na resposta, Carlos Chaves Monteiro esclareceu que o concurso público só não abrange a publicidade nos meios de comunicação social e sublinhou que a FIT, que este ano vai decorrer de 28 de abril a 3 de maio, é um evento que «galvaniza a cidade» e dá à Guarda «dimensão internacional». E para o presidente da Câmara «não há dúvida» que o retorno será «mais do dobro destes 310 mil euros». No entanto, para «pacificar os críticos», está disponível para fazer o estudo do seu impacto. Até lá, o que preocupa o edil é a falta de apoio financeiro do Turismo de Portugal: «Houve sempre silêncio como resposta aos nossos pedidos formais de apoio, mas vamos continuar a insistir porque a FIT já tem uma dimensão que justifica esse envolvimento do organismo que tutela o setor», considera Carlos Chaves Monteiro.