O Souropires soma e segue na série C da IIIª Divisão Nacional, caminhando cada vez mais para águas tranquilas. Assim, depois de ter fechado a primeira volta com chave de ouro, o Souropires entrou na segunda da melhor forma ao vencer no domingo, em casa, o Cesarense por três a zero. Pelo desnível do marcador até pode parecer que os homens de Manuel Barbosa tiveram uma tarefa fácil neste encontro, mas a realidade foi outra…
Os locais encontraram enormes dificuldades para ultrapassar este adversário que vendeu cara a derrota. O Souropires mandou sempre no jogo e foi a equipa que mais produziu para ganhar a partida. No entanto, o Cesarense, muito bem escalonado no terreno, utilizando um futebol bastante agressivo, foi travando as investidas da equipa do concelho de Pinhel, retardando o golo. Mesmo assim, os visitados não baixaram os braços e em pouco tempo conseguiram criar quatro oportunidades, concretizando duas delas no espaço de apenas meio minuto, por intermédio de Carlos. O avançado, que depois de uma difícil adaptação aos pelados, está a aparecer como um verdadeiro ponta de lança, fazendo ver àqueles que porventura não acreditavam nele que está ali para ajudar o Souropires a dar nas vistas. Feito o dois zero, as equipas regressaram às cabinas com o mesmo resultado registado ao intervalo no jogo em Cesar, tendo então pairado no ar o fantasma do jogo da primeira volta e a recuperação do adversário no segundo tempo.
Mas tal não veio a acontecer, até porque, segundo Manuel Barbosa, a equipa está muito diferente e «apta para enfrentar qualquer adversário, pensando apenas na vitória». Deste modo, a segunda parte não foi muito diferente da primeira. O treinador local teve que mexer no xadrez por lesão de Carlos, que já tinha recebido assistência antes de fazer os dois golos, mas o cariz da partida não se alterou. O Souropires continuou a pressionar e acabou por aumentar a vantagem aos 5’ do segundo tempo, numa recarga de Koffy, que aproveitou bem a defesa incompleta do guarda-redes do Cesarense a um primeiro remate de Faneca. Os locais ainda dispuseram de mais oportunidades para ampliar a vantagem, uma delas por intermédio de Milford, que, num excelente golpe de cabeça, fez a bola beijar a trave da baliza de Pedro Justo. No entanto, o resultado não sofreu alterações. No final, Manuel Barbosa disse que o que conta são os três pontos conseguidos e que esta vitória permite encarar com «mais ânimo» a segunda volta. O trio de arbitragem protagonizou uma actuação bastante polémica, usando de dualidade de critérios em prejuízo do Souropires e deixando que o jogo se tornasse, muitas vezes, bastante quezilento, muito também por culpa dos jogadores do Cesarense.
Fernando Araújo/Rádio F