O Vila Galé Serra da Estrela, o primeiro hotel de montanha do grupo português, deverá começar a funcionar a 27 de março, anunciou o seu presidente, Jorge Rebelo de Almeida, durante a apresentação dos resultados de 2019.
A unidade de 4 estrelas fica em Manteigas, no sopé do Vale Glaciar do Zêzere, e contará com 91 quartos, piscina exterior para adultos e outra para crianças, restaurante, lobby bar, spa Satsanga com piscina interior, jacuzzi exterior, salão de eventos e estacionamento. O tema do hotel será “Mitos, lendas, costumes e tradições da região serrana”, adiantou o grupo empresarial. O investimento ronda os dez milhões de euros e permitirá criar 40 postos de trabalho. Em declarações ao “Expresso”, Jorge Rebelo de Almeida revela que investir no interior continua a ser uma meta para 2020. «É minha convicção que o futuro de Portugal passa muito por fazer uma revitalização do nosso interior», considera o empresário, dizendo acreditar «piamente que o interior vai valer a pena, e já vale a pena».
A inauguração do Vila Galé Serra da Estrela está prevista para 6 de abril e o presidente do grupo admite que esta aposta acontece «não porque ficamos doidos, mas porque temos consciência que o interior precisa de investimento e de novos projetos». Para Esmeraldo Carvalhinho, presidente do município serrano, «os grandes grupos não investem por acaso em Manteigas, fazem-no porque perspetivam uma boa rentabilidade dos seus negócios». «Não tenho dúvidas nenhumas que a abertura do Vila Galé vai contribuir para aumentar os fluxos turísticos e fará crescer economicamente o concelho», acrescenta o edil.
Atualmente, o grupo hoteleiro tem 10 unidades em zonas de baixa densidade e este ano vai investir 35 milhões de euros em novos hotéis ou na renovação de unidades. As aberturas previstas em Portugal concentram-se no interior do país, em Manteigas e Alter-do-Chão, a que se soma um novo hotel no Brasil, em São Paulo. Para junho está prevista a entrada em funcionamento da nova fase do Vila Galé Douro Vineyards, que passa a incluir a produção de vinho. O grupo registou no ano passado 1,9 milhões de dormidas, destacando-se o crescimento dos mercados americano, brasileiro ou chinês, o que ajudou a compensar as ligeiras quebras de mercados tradicionais europeus, como o dos turistas alemães, ingleses ou holandeses.
Os portugueses mantiveram-se como os principais clientes dos hotéis Vila Galé, assumindo um peso de 30 por cento no total de dormidas. Em 2019, as receitas do grupo atingiram nos 25 hotéis em Portugal 115 milhões de euros, num «ligeiro crescimento» face aos 112 milhões de euros do ano anterior. A Vila Galé gerou no ano passado 130 novos postos de trabalho, dos quais 75 em Portugal e 55 no Brasil.